Terra está em fase mais quente em 11.300 anos; pico será em 2100
Do UOL, em São Paulo
Gráfico
mostra a variação da temperatura na Terra nos últimos 11.300 anos. A
Terra é hoje mais quente que em 90% deste período e pode ultrapassar a
barreira de temperatura mais quente em 2100
O clima na Terra tem esquentando desde a revolução industrial, mas quão
quente é a Terra agora, em comparação com os últimos 11 mil anos? Um
novo estudo publicado nesta quinta-feira (7) na revista Science relata que a média global da temperatura do ar na superfície é mais quente hoje do que em 90% dos últimos 11.300 anos.
Usando dados de 73 locais em todo o mundo, cientistas da Universidade Estadual do Oregon e de Harvard reconstruíram um histórico da temperatura da Terra de hoje até o final da Idade do Gelo, período conhecido como holoceno. Este estudo volta muito mais no tempo do que os anteriores, que apenas iam até 2 mil anos atrás.
Para determinar a temperatura nos últimos 150 anos são usados instrumentos na superfície e satélites, mas para os anos anteriores são precisos dados indiretos. Geólogos têm capturado registros de temperaturas do passado baseados em amostras marinhas e terrestres, como em corais. Estes materiais têm assinaturas químicas e físicas que registram como era a temperatura.
O aumento da temperatura teria começado no final da Idade do Gelo e teria continuado até meados do holoceno, seguido por um período de resfriamento de 1.3 grau Fahrenheit nos 5 mil anos seguintes, o que culminaria em 200 anos atrás. Desde então, as temperaturas têm crescido vertiginosamente, em mais ou menos, 1.3ºF, deixando a Terra com uma temperatura maior do que 90% de todo o holoceno. Se os modelos atuais estiverem corretos, com o crescimento de mais 2º, o planeta irá superar em 2100 o pico mais quente já registrado.
"Nós já sabíamos que, em escala global, a Terra já está mais quente hoje do que na maioria dos últimos 2 mil anos. Agora, nós sabemos que ela também está mais quente que na maioria dos últimos 11.300 anos", disse Shaun Marcott, da Universidade do Oregon. "Este é um fato importante porque diz respeito a todo o período holoceno, em que houve civilização humana".
Um dos fatores que contribuiu para a variação de temperatura na Terra foi a mudança gradual da distribuição da incidência da luz solar associada à posição relativa da Terra em relação ao Sol. Já o aumento na temperatura nos últimos 50 anos tem sido atribuído à ação do homem e à emissão de gases do efeito estufa.
"Esta pesquisa mostra que temos experimentado praticamente a mesma variação de temperatura desde o início da revolução industrial quanto a presenciada nos 11 mil anos anteriores -- mas desta vez muito mais rápido", diz Candace Major, diretor da Divisão da Fundação Nacional de Ciências de Ciências Oceânicas, que co-financiou a pesquisa com a divisão do NSF de Ciências Atmosféricas e Geoespaciais.
"O clima na Terra é complexo e responde a múltiplos fatores, incluindo emissões de CO2 e insolação. Ambos mudaram vagarosamente nos últimos 11 mil anos. Mas nos últimos 100 anos, o aumento das emissões de CO2 tem sido significante. Esta é a única variável que pode explicar o rápido aumento nas temperaturas globais", disse Marcott.
Usando dados de 73 locais em todo o mundo, cientistas da Universidade Estadual do Oregon e de Harvard reconstruíram um histórico da temperatura da Terra de hoje até o final da Idade do Gelo, período conhecido como holoceno. Este estudo volta muito mais no tempo do que os anteriores, que apenas iam até 2 mil anos atrás.
Para determinar a temperatura nos últimos 150 anos são usados instrumentos na superfície e satélites, mas para os anos anteriores são precisos dados indiretos. Geólogos têm capturado registros de temperaturas do passado baseados em amostras marinhas e terrestres, como em corais. Estes materiais têm assinaturas químicas e físicas que registram como era a temperatura.
O aumento da temperatura teria começado no final da Idade do Gelo e teria continuado até meados do holoceno, seguido por um período de resfriamento de 1.3 grau Fahrenheit nos 5 mil anos seguintes, o que culminaria em 200 anos atrás. Desde então, as temperaturas têm crescido vertiginosamente, em mais ou menos, 1.3ºF, deixando a Terra com uma temperatura maior do que 90% de todo o holoceno. Se os modelos atuais estiverem corretos, com o crescimento de mais 2º, o planeta irá superar em 2100 o pico mais quente já registrado.
"Nós já sabíamos que, em escala global, a Terra já está mais quente hoje do que na maioria dos últimos 2 mil anos. Agora, nós sabemos que ela também está mais quente que na maioria dos últimos 11.300 anos", disse Shaun Marcott, da Universidade do Oregon. "Este é um fato importante porque diz respeito a todo o período holoceno, em que houve civilização humana".
Um dos fatores que contribuiu para a variação de temperatura na Terra foi a mudança gradual da distribuição da incidência da luz solar associada à posição relativa da Terra em relação ao Sol. Já o aumento na temperatura nos últimos 50 anos tem sido atribuído à ação do homem e à emissão de gases do efeito estufa.
"Esta pesquisa mostra que temos experimentado praticamente a mesma variação de temperatura desde o início da revolução industrial quanto a presenciada nos 11 mil anos anteriores -- mas desta vez muito mais rápido", diz Candace Major, diretor da Divisão da Fundação Nacional de Ciências de Ciências Oceânicas, que co-financiou a pesquisa com a divisão do NSF de Ciências Atmosféricas e Geoespaciais.
"O clima na Terra é complexo e responde a múltiplos fatores, incluindo emissões de CO2 e insolação. Ambos mudaram vagarosamente nos últimos 11 mil anos. Mas nos últimos 100 anos, o aumento das emissões de CO2 tem sido significante. Esta é a única variável que pode explicar o rápido aumento nas temperaturas globais", disse Marcott.
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