22/04/2013 16h32
- Atualizado em
22/04/2013 16h32
Em junho de 2004, Nek Muhammad, aliado do grupo terrorista al-Qaeda,
dava uma entrevista por telefone, escondido nas montanhas do Paquistão.
Durante a conversa, comentou sobre um estranho pássaro metálico no céu.
Menos de 24 horas depois, um míssil explodiu seu esconderijo. Foi o
primeiro ataque no país de um drone da CIA, o serviço de inteligência
americano. A história é contada no livro The way of the knife (algo como O caminho da faca),
lançado nos Estados Unidos na semana passada. Refúgio do líder da
al-Qaeda, Osama bin Laden, mentor dos ataques aos EUA em 11 de setembro
de 2001, o Paquistão tornou-se o palco principal da Guerra ao Terror. Os
drones, aviões por controle remoto, atuam na linha de frente. Espionam
suspeitos e, mediante autorização do presidente americano, disparam
mísseis. Mesmo deputados do Partido Democrata, partidários do presidente
Barack Obama, criticam a falta de transparência. Segundo a ONG
britânica Bureau de Jornalismo Investigativo, os drones mataram 2.537
pessoas. O governo do Paquistão afirma que pelo menos 400 dos mortos
eram civis inocentes. Os drones evitam a morte de soldados americanos,
mas deixam a opinião pública dos EUA menos sensível a eventuais abusos
cometidos por seus agentes.
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