quinta-feira, 25 de abril de 2013

Esta é a ciddade do Rio de Janeiro.

A trilha do Morro da Urca oferece os mais belos cartões postais do Rio – e de graça!


Uma alternativa saudável para subir o Morro da Urca – aquele que dá acesso ao Pão de Açúcar – é fazer a trilha que vai até o topo.
Foi o que decidi encarar no último fim de semana. Além de evitar a longa fila para ingressar no bondinho (fila que me tomaria uma hora), o exercício da subida é revigorante e o custo do passeio é zero.
O ponto de saída é a Praia Vermelha. A praça é flanqueada por prédios militares de arquitetura sóbria, o Instituto Militar de Engenharia e a Escola de Comando de Estado Maior do Exército. Na praia, as duas fortalezas antigas se transformaram em uma escola municipal e no restaurante do Círculo Militar.
© Haroldo Castro | Rio de JaneiroUma das melhores vistas do Morro da Urca (esquerda) e do Pão de Açúcar é do pátio do Círculo Militar.
Olhando para o mar, vou até a ponta da praia à esquerda, passo pela escola municipal e chego no início da Pista Claudio Coutinho. O caminho, homenagem ao ex-treinador da Seleção Brasileira de Futebol e também capitão de artilharia, é asfaltado e plano. A pista, também chamada de Estrada do Costão ou Caminho do Bem-Te-Vi, tem 1,25 km e margeia as encostas do Morro da Urca e do Pão de Açúcar, com uma constante vista para o mar. Foi aberta pelo Exército no final dos ano oitenta.
Um dos moradores locais é o sagui-de-tufos-brancos (Callithrix jacchus). Estes micos são originários da Mata Atlântica do Nordeste, mas foram introduzidos no sudeste, certamente através da venda (ilegal) de animais de estimação. Depois de soltos nas matas, eles se adaptaram perfeitamente ao clima do Rio de Janeiro e também à farta comida oferecida pelos turistas.
© Haroldo Castro | Rio de Janeiro Um casal de saguis-de-tufos-brancos. É a espécie de mico mais conhecida e comum.

© Haroldo Castro | Rio de Janeiro Uma das práticas dos saguis é procurar piolhos e outros parasitas no copo de seu ou sua companheira.
Antes de chegar à metade da Pista Claudio Coutinho, há uma placa, à esquerda, assinalando o início da trilha do Morro da Urca. A primeira subida, com muito barro, dá a impressão que o caminho pode ser penoso e escorregadio. Mas logo os degraus preparados com troncos de árvores organizam o trajeto.
À minha frente, encontro duas famílias de franceses, com várias crianças. Uma delas vive no Brasil, a outra chegou na véspera. Mas, mesmo assim, estão dispostos a fazer a trilha. “Quando alguém vem me visitar no Rio, o primeiro passeio que faço é por esta trilha. Subimos mais rápido a pé do que pelo teleférico, pois a fila é sempre grande”, afirma a francesa residente no Rio.
© Haroldo Castro | Rio de Janeiro A trilha do Morro da Urca é considerada de dificuldade moderada, com pequenos trechos de  aclives acentuados.
Depois de um pouco menos de uma hora, sem presa, parando para conversar e tomar folego, chego ao topo dos 220 metros do morro. O primeiro mirante é ao lado da estação do bondinho. Tenho a Praia Vermelha aos meus pés, com o Morro da Babilônia logo em frente.
As vistas do alto do Morro da Urca são sensacionais e não preciso de grandes palavras para descrevê-las. Bastam as fotos…
© Haroldo Castro | Rio de Janeiro Uma das atividades no Morro da Urca é a subida e a descida dos paredões de granito com rapel.

© Haroldo Castro | Rio de Janeiro O segundo trecho do teleférico conecta o Morro da Urca com o Pão de Açúcar.

© Haroldo Castro | Rio de Janeiro Vista da Praia e da Enseada de Botafogo, na hora que o sol começa a se deitar atrás dos morros.

© Haroldo Castro | Rio de Janeiro O Aterro e a Praia do Flamengo e, ao fundo, os prédios do centro da cidade do Rio de Janeiro.

© Haroldo Castro | Rio de Janeiro O sol desaparece atrás da Serra da Carioca, delineando o perfil das montanhas do Rio.
Para descer, a melhor opção é esperar até o pôr-do-sol. A partir das 19 horas, os empregados do teleférico têm a permissão de deixar a catraca livre para aqueles que subiram o morro a pé possam descer gratuitamente no bondinho.

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