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• atualizado às 08h58
Japão diz que barcos da China podem ser "expulsos à força" de ilhas
O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, disse nesta
terça-feira que o Japão adotará "medidas firmes" se navios chineses
tentarem desembarcar nas disputadas ilhas Senkaku/Diaoyu, administradas
por Tóquio e reivindicadas por Pequim.
Abe explicou, durante uma sessão parlamentar, que a
guarda litorânea japonesa deve impedir a entrada de embarcações chinesas
nas ilhas e que seria "natural" que se usasse a força caso
desembarcassem.
Horas antes, o Ministério das Relações Exteriores
japonês realizou um protesto formal e convocou o embaixador chinês no
Japão depois que oito embarcações chinesas entraram, hoje, em águas das
disputadas ilhas.
Os oito navios entraram em águas do pequeno arquipélago
por volta das 8h locais (19h de ontem em Brasília), maior entrada de
embarcações desde que se elevou a tensão nas disputadas ilhas, enquanto
outros dois se mantiveram na zona contígua, informou a rede japonesa NHK.
Abe disse que "o Japão nunca permitirá o desembarque", e
considerou algo "natural" para o país "expulsá-los à força" caso as
embarcações chinesas o façam. As incursões de embarcações chinesas às
águas das ilhas são muito frequentes: a de hoje seria a 40ª desde
setembro passado, segundo Tóquio.
A tensão evolvendo as ilhas Senkaku aumentou em setembro
passado, quando o Japão comprou três das cinco ilhas do desabitado
arquipélago, situado no Mar da China Oriental e de apenas 7 quilômetros
de extensão. Acredita-se, ainda, que a região onde se encontram as
ilhas, cuja soberania Taiwan (que as chama de Diaoyutai) também
reivindica, poderia abrigar grandes reservas de petróleo.
Desde o início, o conflito vem deteriorando as relações
entre a primeira e a segunda maiores economias da Ásia, o que afetou
também os interesses econômicos do Japão na China, seu maior parceiro
comercial, e provocou manifestações antijaponesas.
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