sexta-feira, 26 de abril de 2013

Efeitos faz partes da fisica.

Fenômenos físicos 'desviam' luz e deixam objetos invisíveis

Imagem 1/12: O truque da miragem funciona até debaixo d'água. Cientistas da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, reproduziram no laboratório o fenômeno do deserto - o ar fica com uma densidade diferente com o aumento da temperatura, entortando os raios de luz que o atravessam. Para isso, eles usaram bastante calor, aquário e nanotubos de carbono, uma molécula com estrutura cilíndrica e fina como papel, mas com propriedades incomuns. Como os nanotubos são eficientes condutores de calor, a água do tanque esquenta rapidamente e "curva" a luz do mesmo jeito que na atmosfera, com a diferença de o fenômeno ocorrer com um simples apertar de botão

Imagem 2/12: A companhia de defesa britânica BAE Systems desenvolveu um sistema muito rápido e eficiente para "esconder" tanques dos olhos e dos mísseis dos inimigos. O sistema Adaptiv usa placas hexagonais tecnológicas que mudam a temperatura em um instante, criando uma espécie de capa de invisibilidade no espectro infravermelho. Depois, com ajuda de câmeras instaladas a bordo, o cenário ao redor é projetado nesse forro, permitindo que os tanques fiquem camuflados durante a ação militar

Imagem 3/12: Pesquisadores da Universidade de Tóquio, no Japão, desenvolveram, em 2003, um material de camuflagem óptica que consegue refletir apenas a luz que vem em sua direção, rebatendo as imagens claramente. Para ver o que acontece por trás da pessoa com a "jaqueta mágica", os cientistas filmaram o cenário e, depois, usaram o tecido como um refletor, simulando o efeito da invisibilidade - que, dizem, funciona até em dias ensolarados

Imagem 4/12: Mas, desde 2006, os pesquisadores passaram a estudar os metamateriais para enganar a luz com mais perfeição do que as camuflagens tecnológicas japonesas. Os metamateriais são artificialmente estruturados para permitir que os raios de luz não consigam ser refletidos e, sim, curvados ao seu redor. Se a luz não "encontrar" o material, ele vai ficar invisível nesse espectro, ajudando a esconder o dono da roupa invisível

Imagem 5/12: O maior nome no desenvolvimento do "manto da invisibilidade" é David Smith, engenheiro elétrico da Universidade de Duke, nos Estados Unidos. Junto com seu aluno Nathan Landy, eles anunciaram em dezembo de 2012 que essa estrutura de diamante (acima) consegue ocultar completamente qualquer objeto. Mas ele avisa que, por enquanto, a ilusão só funciona em uma direção e em microondas, e não em luz visível que pode ser percebida pelo olho humano

Imagem 6/12: Pesquisadores da Universidade TU Vienna não precisaram da "inteligência" dos metamateriais para obter efeitos diferentes com a luz. Eles criaram a refração negativa, que muda a direção dos raios de luz para o lado oposto do esperado, usando metais simples, como ferro ou cobalto. O truque consistiu em colocar o metal em um campo magnético muito forte e irradiá-lo com luz no comprimento certo para enviá-la para o "lado errado". Acima, montagem demonstra como seria o efeito surreal de uma caneta mergulhada em um líquido com alto índice de refração negativa (à direita) frente ao fenômeno normal da refração (à esquerda) - por enquanto, o experimento só é feito em laboratório com feixes de luz sobre placas de metal

Imagem 7/12: O homem brinca com os efeitos da física para segurar sua própria cabeça dentro da piscina. Como a luz sofre um desvio ao passar do ar para o vidro e outro para chegar na água, o corpo submerso é "empurrado" para o lado, criando esse efeito

Imagem 8/12: O urso polar Blizzard, que vive no Zoo e Aquário Point Defiance, nos Estados Unidos, também perdeu a cabeça quando foi buscar seu presente de Dia das Bruxas. Devido à diferença de densidade da água e do ar, a luz "desloca" o corpo submerso do animal para longe da cabeça

Imagem 9/12: Andre Kuipers aproveitou a sensação de gravidade zero da Estação Espacial Internacional para fazer um dos autorretratos mais legais do espaço. Uma bolha de ar no meio da gota d'água entortou e duplicou o rosto do astronauta da Nasa (Agência Espacial Norte-Americana), em junho de 2012

Imagem 10/12: A artista Sara Watson abusou da perspectiva para promover uma campanha de reciclagem na Inglaterra, em 2009. Com tinta spray e bastante paciência (foram três semanas de trabalho), ela brincou com a continuidade óptica para camuflar um automóvel inteiro. Ou quase, já que o esconderijo só funciona de um ângulo: basta dar alguns passos para ver os detalhes da pintura dos tijolos, da casinha e das sinalizações de trânsito sobre a lataria

Imagem 11/12: Qualquer um pode desaparecer com objetos de vidro usando as dicas do físico Dulcidio Braz Jr, autor do "Física na Veia!", blog do UOL. Ele ensina a esconder uma garrafinha (figura 1, à esquerda) dentro de um pote (figura 2, à esquerda) usando um pouco de glicerina e o apoio da refração, que nada mais é do que passagem da luz de um meio material para outro. A luz sofre um desvio quando ela muda do ar para o vidro do pote grande, mostrando para o observador que há um limite físico. Mas, depois, ela "passa" reto e esconde a garrafinha interna cheia de glicerina. O sumiço acontece porque a substância tem um índice de refração muito parecido com o do vidro, enganando os raios de luz dentro do pote. Veja o passo a passo


Imagem 12/12: O arco-íris também é fruto da refração da luz. As gotas de chuva funcionam como pequenos primas, pois separam os raios de luz que entram nelas em diferentes comprimentos de onda (formando as cores na saída) e ângulos (criando o arco para o observador) - todas as gotas refletem e refratam os raios solares, mas só a luz de algumas chega até o observador. No caso desse duplo arco-íris que cobre o céu de Londres, na Inglaterra, a luz entra duas vezes nas gotas e forma o segundo arco, que é mais fraco e traz as cores na ordem invertida

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