Fenômenos físicos 'desviam' luz e deixam objetos invisíveis
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O truque da miragem funciona até debaixo d'água.
Cientistas da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, reproduziram no
laboratório o fenômeno do deserto - o ar fica com uma densidade
diferente com o aumento da temperatura, entortando os raios de luz que o
atravessam. Para isso, eles usaram bastante calor, aquário e nanotubos
de carbono, uma molécula com estrutura cilíndrica e fina como papel, mas
com propriedades incomuns. Como os nanotubos são eficientes condutores
de calor, a água do tanque esquenta rapidamente e "curva" a luz do mesmo
jeito que na atmosfera, com a diferença de o fenômeno ocorrer com um
simples apertar de botão
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A companhia de defesa britânica BAE Systems desenvolveu
um sistema muito rápido e eficiente para "esconder" tanques dos olhos e
dos mísseis dos inimigos. O sistema Adaptiv usa placas hexagonais
tecnológicas que mudam a temperatura em um instante, criando uma espécie
de capa de invisibilidade no espectro infravermelho. Depois, com ajuda
de câmeras instaladas a bordo, o cenário ao redor é projetado nesse
forro, permitindo que os tanques fiquem camuflados durante a ação
militar
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Pesquisadores da Universidade de Tóquio, no Japão,
desenvolveram, em 2003, um material de camuflagem óptica que consegue
refletir apenas a luz que vem em sua direção, rebatendo as imagens
claramente. Para ver o que acontece por trás da pessoa com a "jaqueta
mágica", os cientistas filmaram o cenário e, depois, usaram o tecido
como um refletor, simulando o efeito da invisibilidade - que, dizem,
funciona até em dias ensolarados
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Mas, desde 2006, os pesquisadores passaram a estudar os
metamateriais para enganar a luz com mais perfeição do que as
camuflagens tecnológicas japonesas. Os metamateriais são artificialmente
estruturados para permitir que os raios de luz não consigam ser
refletidos e, sim, curvados ao seu redor. Se a luz não "encontrar" o
material, ele vai ficar invisível nesse espectro, ajudando a esconder o
dono da roupa invisível
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O maior nome no desenvolvimento do "manto da
invisibilidade" é David Smith, engenheiro elétrico da Universidade de
Duke, nos Estados Unidos. Junto com seu aluno Nathan Landy, eles
anunciaram em dezembo de 2012 que essa estrutura de diamante (acima)
consegue ocultar completamente qualquer objeto. Mas ele avisa que, por
enquanto, a ilusão só funciona em uma direção e em microondas, e não em
luz visível que pode ser percebida pelo olho humano
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Pesquisadores da Universidade TU Vienna não precisaram da
"inteligência" dos metamateriais para obter efeitos diferentes com a
luz. Eles criaram a refração negativa, que muda a direção dos raios de
luz para o lado oposto do esperado, usando metais simples, como ferro ou
cobalto. O truque consistiu em colocar o metal em um campo magnético
muito forte e irradiá-lo com luz no comprimento certo para enviá-la para
o "lado errado". Acima, montagem demonstra como seria o efeito surreal
de uma caneta mergulhada em um líquido com alto índice de refração
negativa (à direita) frente ao fenômeno normal da refração (à esquerda) -
por enquanto, o experimento só é feito em laboratório com feixes de luz
sobre placas de metal
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O homem brinca com os efeitos da física para segurar sua
própria cabeça dentro da piscina. Como a luz sofre um desvio ao passar
do ar para o vidro e outro para chegar na água, o corpo submerso é
"empurrado" para o lado, criando esse efeito
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O urso polar Blizzard, que vive no Zoo e Aquário Point
Defiance, nos Estados Unidos, também perdeu a cabeça quando foi buscar
seu presente de Dia das Bruxas. Devido à diferença de densidade da água e
do ar, a luz "desloca" o corpo submerso do animal para longe da cabeça
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Andre Kuipers aproveitou a sensação de gravidade zero da
Estação Espacial Internacional para fazer um dos autorretratos mais
legais do espaço. Uma bolha de ar no meio da gota d'água entortou e
duplicou o rosto do astronauta da Nasa (Agência Espacial
Norte-Americana), em junho de 2012
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A artista Sara Watson abusou da perspectiva para promover
uma campanha de reciclagem na Inglaterra, em 2009. Com tinta spray e
bastante paciência (foram três semanas de trabalho), ela brincou com a
continuidade óptica para camuflar um automóvel inteiro. Ou quase, já que
o esconderijo só funciona de um ângulo: basta dar alguns passos para
ver os detalhes da pintura dos tijolos, da casinha e das sinalizações de
trânsito sobre a lataria
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Qualquer um pode desaparecer com objetos de vidro usando
as dicas do físico Dulcidio Braz Jr, autor do "Física na Veia!", blog do
UOL. Ele ensina a esconder uma garrafinha (figura 1, à esquerda) dentro
de um pote (figura 2, à esquerda) usando um pouco de glicerina e o
apoio da refração, que nada mais é do que passagem da luz de um meio
material para outro. A luz sofre um desvio quando ela muda do ar para o
vidro do pote grande, mostrando para o observador que há um limite
físico. Mas, depois, ela "passa" reto e esconde a garrafinha interna
cheia de glicerina. O sumiço acontece porque a substância tem um índice
de refração muito parecido com o do vidro, enganando os raios de luz
dentro do pote. Veja o passo a passo
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O arco-íris também é fruto da refração da luz. As gotas
de chuva funcionam como pequenos primas, pois separam os raios de luz
que entram nelas em diferentes comprimentos de onda (formando as cores
na saída) e ângulos (criando o arco para o observador) - todas as gotas
refletem e refratam os raios solares, mas só a luz de algumas chega até o
observador. No caso desse duplo arco-íris que cobre o céu de Londres,
na Inglaterra, a luz entra duas vezes nas gotas e forma o segundo arco,
que é mais fraco e traz as cores na ordem invertida
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