sexta-feira, 5 de abril de 2013

Que isto seja de alerta para as pessoas que estão envolvida e vão se envolver nisto, o governo não quer nada só complicar e ganhar com isto. Infelissmente é Brasil.

 Apenas um desabafo de uma Dona de Casa.
É muito louvável toda esta conversa sobre direitos da empregadas domésticas. Acontece que estamos no Brasil, um país muito diferente daqueles usados como comparação.

    Nossos legisladores, vivendo como nababos, parecem ter esquecido deste "pequeno" detalhe!
    Na Europa, as mães têm ótimas creches  e escolas gratuitas em período integral, com toda a assistência.  Por isso não precisam de babás para tomar conta de seus filhos, enquanto trabalham fora de casa.
    No Brasil, só mesmo pagando um berçário ou creche, que não são nada baratos, ou tendo uma babá em tempo integral.
    Comer fora, na Europa ou nos Estados Unidos, não é tão caro; pratos congelados e vegetais processados  têm preços muito acessíveis. No Brasil, comer em restaurantes é quase impossível e os preços de alimentos prontos são absurdos.
    A renda do brasileiro está muito longe da renda dos europeus e dos americanos, e não permite tais "extravagâncias".
    A mulher que hoje trabalha fora terá que optar: ou trabalhará apenas para pagar quem cuide de seus filhos e da casa, ou voltará a ficar em casa, cuidando de tudo, deixando a profissão de lado.
    Na ponta do lápis, a segunda opção é a mais viável pra a esmagadora maioria das mulheres. 
    Além disso, a partir da promulgação da PEC das Domésticas, nenhuma candidata a empregada que tenha filhos ou que esteja ainda em idade de tê-los terá emprego, pois se os patrões não têm como pagar creche para seus próprios filhos que dirá dos filhos alheios, como manda a lei.
    Nisso tudo, o governo apenas pensou em fazer demagogia com o chapéu alheio, em aumentar a arrecadação de impostos a curto prazo, e ainda safou-se da sua obrigação de prover creches para as crianças, empurrando esta responsabilidade aos patrões.
    Ao invés de facilitar a vida da mulher que  trabalha, o governo fechou as portas do mercado para todas as mulheres: patroas e domésticas. Todas voltarão a ser, como há cinquenta anos, apenas "felizes donas de casa".

Maria Cristina Rocha Azevedo
Florianópolis, SC

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