09 de abril de 2014 • 16h10
• atualizado às 16h26
Novo sinal eletrônico ajuda nas buscas por avião da Malásia
Após mais de um mês em buscas sem sucesso, esperanças voltaram a aumentar com dois sinais que foram detectados nesta quarta-feira por um equipamento norte-americano
Autoridade australianas disseram nesta quarta-feira que
dois novos sinais eletrônicos foram detectados nas buscas pelo avião da
Malaysia Airlines, reavivando as esperanças após mais de um mês de
buscas infrutíferas.
Agora já são quatro sinais eletrônicos recebidos nos
últimos dias por um equipamento norte-americano especializado nesse tipo
de buscas. Possivelmente os sinais foram emitidos pelas caixas-pretas
do Boeing 777 que fazia o voo MH370, de Kuala Lumpur a Pequim.
Angus Houston, diretor da agência australiana que
coordena as buscas, adotou um tom otimista ao anunciar a informação, mas
pediu cautela, já que a tarefa de procurar os destroços numa área
gigantesca e remota do oceano Índico continua sendo muito desafiadora.
Quem
estava a bordo do voo MH370<a
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href="http://noticias.terra.com.br/mundo/quem-estava-a-bordo-do-voo-mh370/">veja
o infográfico</a>
"Acredito que estejamos buscando na área correta, mas
precisamos identificar visualmente os destroços da aeronave antes que
possamos confirmar com certeza que este é o local de descanso final do
MH370", afirmou ele na cidade de Perth, no oeste da Austrália, a base da
operação.
"Estou agora otimista de que vamos encontrar a aeronave, ou o que resta da aeronave, em um futuro não tão distante."
Os investigadores não têm ideia dos motivos que levaram
ao desaparecimento do avião. Em 8 de março, cerca de uma hora após a
decolagem, os instrumentos de localização do Boeing foram desativados, e
satélites mostram que o avião fez uma curva acentuada e começou a voar
em outra direção.
100
piores acidentes
aéreos<a
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href="http://noticias.terra.com.br/mundo/maiores-acidentes-aereos/">veja
o
infográfico</a>
As autoridades suspeitam que o avião foi deliberadamente
desviado da sua rota por alguém que conhecia bem o aparelho, mas também
não se descarta um problema mecânico.
As caixas-pretas, com gravações de voz da cabine e dados
técnicos do voo, poderiam elucidar o mistério, mas seus sinais de
localização são alimentados por uma bateria com vida útil esperada de 30
dias -- ou seja, um prazo que já se esgotou.
As buscas, até agora infrutíferas, envolvem até 14
aeronaves e 14 embarcações, de vários países. No fim de semana, o
equipamento TPL ("localizador de sinais rebocado", na sigla em inglês)
detectou dois sinais eletrônicos compatíveis com os sinais emitidos
pelas caixas-pretas. Os outros dois sinais foram recebidos na tarde e na
noite de terça-feira.
Mas dois oficiais da Marinha dos EUA, força responsável
pelo equipamento, disseram que, embora os sinais tenham sido todos
detectados numa área de 1.300 quilômetros quadrados, não há certeza de
que tivessem a mesma origem.
"Eu diria que são eventos acústicos separados", disse o capitão naval Mark Matthews.
"Há variabilidade na localização geográfica, o que me
leva a estar menos otimista do que estaria se eu conseguisse
consistentemente voltar a obter o sinal de modo a ter uma área
geográfica pequena para focar as buscas do submarino autônomo", disse
ele, referindo-se ao equipamento que poderá ser empregado quando houver
mais certeza sobre a localização dos destroços no leito oceânico.
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