quinta-feira, 3 de abril de 2014

Recuou porque?, o problema que a pressão e as ameaças são grande por parte do PT, aí ele não aguenta!!!!!!!!!!!!

Investigação

Advogado de Cerveró admite não ter provas sobre entrega de documentos ao conselho da Petrobras

Edson Ribeiro, que defende o ex-diretor da Petrobras, tinha afirmado no dia anterior que material sobre a compra da refinaria de Pasadena chegou aos conselheiros com antecedência de 15 dias. Dilma e integrantes do conselho negam

Daniel Haidar, do Rio de Janeiro
 Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobras
 Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobras (Estadão Conteúdo)
O advogado Edson Ribeiro, que defende o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, admitiu nesta quinta-feira não ter como provar que os integrantes do conselho de administração da empresa receberam a documentação completa sobre a compra da refinaria de Pasadena. Ele também não tem depoimentos ou documentos que sustentem, como havia dito na quarta-feira, que o material foi encaminhado com antecedência de quinze dias. Segundo VEJA apurou, a versão, na verdade, tem uma séria inconsistência. É praxe na Petrobras que as deliberações da diretoria e do conselho sejam de fato separadas pelo intervalo médio de uma quinzena. No caso de Pasadena, contudo, a diretoria fez seu voto pela compra da refinaria americana apenas um dia antes da reunião do conselho, que ocorreu em 3 de fevereiro de 2006. O negócio deu prejuízo de 1 bilhão de reais à Petrobras e é investigado pelo Ministério Público Federal, pelo Tribunal de Contas da União e pela Polícia Federal.
"Eu não tenho como atestar se o conselheiro A, B ou C recebeu algum documento sobre o caso específico. Se tiver necessidade, vou buscar provas", disse Ribeiro ao site de VEJA.
Segundo Ribeiro, a afirmação feita nesta quarta-feira sobre a entrega “com quinze dias de antecedência” foi baseada em informações passadas por funcionários da Petrobras, e não pelo seu cliente – Cerveró. O advogado também admitiu que esse era o procedimento habitual, e não necessariamente o do caso de Pasadena. Cerveró, segundo seu representante, não confirmou a informação sobre o prazo.
"Quando falei quinze dias de antecedência no envio da documentação, foi porque esse era o procedimento comum. Não foi nem o Cerveró quem me disse isso. Foram outros funcionários", afirmou Ribeiro, que alega não ter contato com Cerveró desde o último domingo.
Ribeiro não tem, hoje, como especificar quais foram os documentos disponibilizados ao conselho de administração. Já se sabe que estudos enviados à direção faziam ressalvas ao negócio, mas o advogado desconhece se essas análises foram enviadas aos conselheiros. De acordo com reportagem do Jornal Nacional, da Rede Globo, a direção da Petrobras recebeu análise da consultoria BDO sobre a situação contábil e financeira de Pasadena em que foram apontados quarenta pontos questionáveis da avaliação contábil da empresa. A BDO ressaltava que não se conhecia o valor específico de cada equipamento da refinaria, e questionava o valor atribuído ao estoque de óleo. Um documento do Citigroup também fazia ressalvas ao negócio, pois o banco somente havia tido acesso a demonstrações financeiras enviadas por diretores da própria Petrobras. Ribeiro não sabe informar se a presidente Dilma Roussef teve acesso aos pareceres da BDO e do Citigroup. “Não tenho essa informação. Só quem sabe é o Cerveró”, afirmou.
O relato feito pelo advogado tem outra imprecisão: na quarta-feira, Ribeiro sustentou que os documentos encaminhados ao conselho haviam chegado às mãos do corpo técnico que assessorava os conselheiros. O site de VEJA apurou que apenas a presidência do conselho, na época ocupada por Dilma Rousseff, contava com um corpo de assessores técnicos. Nesta quinta, Ribeiro assumiu que não sabe informar quem seriam esses funcionários.
Desde que o jornal O Estado de S. Paulo divulgou que Dilma havia dado aval à compra de Pasadena, em 19 de março, a presidente sustenta que só aprovou a transação porque recebeu um “resumo falho” elaborado por Cerveró sobre o negócio. O resumo não relatava, por exemplo, a cláusula Marlim, de garantia de dividendo mínimo à sócia belga da Petrobras, Astra Oil, mesmo em caso de prejuízo da refinaria.
A defesa de Cerveró tentou desmentir Dilma na quarta-feira. Ao dar declarações no sentido de defender o ex-diretor, Ribeiro chegou a afirmar que seu cliente estaria disposto a passar por uma acareação com a presidente. Dilma, no entanto, voltou a negar que tenha recebido a documentação completa. "Como presidente do conselho de administração da Petrobras, a presidente Dilma Rousseff não recebeu previamente o contrato referente à compra da refinaria de Pasadena", disse o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Thomas Traumann. O empresário Jorge Gerdau Johannpeter, que integrava o conselho em 2006, também negou que tenha tido acesso ao processo todo.
Leia também: Petrobras: finanças vão mal, mas diretores nunca ganharam tanto
Negócio da Petrobras trouxe prejuízo de 1 bilhão de dólares
Gerdau deixa conselho da Petrobras e minoritário assume

Nenhum comentário:

Postar um comentário