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Dois meses para a Copa: estádios e aeroportos ainda em obras

Algumas reformas nos terminais ficarão para depois do Mundial. Não precisa nem mais imaginar

12/04/2014 18h45 - Atualizado em 12/04/2014 18h51

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A Arena Corinthians, o Itaquerão (Foto: Andre Penner/AP)

Daqui a dois meses, no dia 12 de junho, Brasil e Croácia abrirão a Copa do Mundo no Itaquerão – a Arena Corinthians, em São Paulo. Dos 12 estádios que receberão partidas do Mundial, três ainda estão em obras, incluindo o palco da abertura. Em seis aeroportos, parte das reformas previstas para ficar pronta para a Copa ficarão para depois da competição.

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Apesar de todos os atrasos, o ministro dos Esportes, Aldo Rebelo, afirma que tudo será entregue para o Mundial – chamado pel presidente Dilma Rousseff de a "Copa das Copas." "Estão todos os nossos estádios quase todos prontos. O último que será entregue é o daqui, a Arena Corinthians", disse Rebelo, em evento realizado na capital paulista.
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O ministro reconheceu que as últimas entregas serão as das "obras de engenharia nos aeroportos e as de comunicação", mas outras autoridades já disseram que parte das reformas em seis aeroportos só será concluída após o fim da Copa.
Seis dos estádios já foram usados na Copa das Confederações no ano passado: Maracanã, Mané Garrincha, Arena Fonte Nova, Mineirão, Arena Pernambuco e Castelão.
Dos outros seis que estavam em obras no fim do ano passado, a Arena das Dunas, em Natal, ficou pronta e foi inaugurada. No início deste mês, foi a vez da Arena Amazônia, em Manaus, e na semana passada do Beira-Rio, em Porto Alegre – onde o estádio estava pronto, mas, no entorno, ainda há muito o que fazer.
Apesar de em 2 de março ter ocorrido a inauguração da Arena Pantanal, com jogo entre Mixto e Santos, pela Copa do Brasil, a obra no estádio ainda não está concluída. A partida aconteceu sem que a metade das cadeiras das arquibancadas estivesse instalada.
Se em Cuiabá ainda faltam detalhes para a entrega definitiva, a situação dos estádios de Curitiba e São Paulo segue preocupando a Fifa. O caso da Arena da Baixada é o mais preocupante, mesmo depois que a entidade a confirmou entre as sedes da Copa. Atlético Paranaense e governo curitibano chegaram a dizer que a entrega será em 30 de abril, mas uma greve de operários obrigou a mudança do prazo para 15 de maio, dia exato em que a Fifa assumirá o comando do estádio para a competição.
No caso de São Paulo, a estrutura da Arena Corinthians está pronta, com a capacidade de 44 mil espectadores, mas os responsáveis pelas obras ainda trabalham na construção de arquibancadas provisórias, que elevarão a capacidade para 68 mil lugares, dentro do exigido para o jogo de abertura de Copa. As obras ficaram suspensas por mais de uma semana, depois da morte de um operário. Na sexta-feira, a Superintendência Regional do Ministério do Trabalho e Emprego autorizou o recomeço da reforma.
O Corinthians pretende fazer, no dia 20 de abril, um jogo-teste com ex-jogadores do clube, mas ainda é necessário o aval do Corpo de Bombeiros. A Odebrecht, responsável pela construção, afirmou já ter enviado todos os documentos necessários para a liberação. "Já fizemos coisas mais difíceis e maiores. Os responsáveis pelas obras me disseram que o estádio do Corinthians estará pronto a tempo", afirmou Aldo Rebelo.
No caso dos aeroportos, o próprio governo federal parece ter jogado a toalha. A Infraero fixou dois cronogramas para a entrega das obras em vários terminais, e um deles já prevê que parte dos trabalhos extrapolará o período do Mundial. É o caso dos aeroportos de Belo Horizonte, Cuiabá, Curitiba, Salvador, Porto Alegre e Fortaleza, em que serão terminadas apenas as obras mais urgentes e de maior visibilidade. O secretário de Aviação Civil, Moreira Franco, afirmou, no entanto, que a medida não afeará a chegada de turistas para a Copa. "As áreas em que circularão os visitantes ficarão prontas e espaçosas. Estará tudo pronto para oferecer um bom atendimento aos passageiros", disse.
Dilma Rousseff, por sua vez, minimizou os problemas nos aeroportos e disse que as instalações "darão conta com sobras para a Copa". A presidente admitiu que a reforma dos terminais é importante não só para o torneio, mas para atender a crescente demanda no país.
A Copa do Mundo deste ano será realizada entre os dias 12 de junho e 13 de julho, quando ocorrerá a final no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro.