Lula cobra Dilma e diz que economia podia estar melhor
Do BOL, em São Paulo
- Ricardo Stuckert/Instituto LulaO ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante entrevista coletiva concedida a blogueiros no Instituto Lula, em São Paulo, na manhã desta terça-feira
"Nós poderíamos estar melhor,
e a Dilma vai ter que dizer isso na campanha claramente: como é que a
gente vai melhorar a economia brasileira", afirmou o ex-presidente.
Lembrando países ricos,
como os Estados Unidos e os membros da União Européia, que enfrentam
dificuldades para superar os efeitos da crise econômica de 2008 e 2009,
Lula ponderou: "A economia brasileira não está crescendo a 5% como nós
gostaríamos, mas qual economia está crescendo como a brasileira?",
questionou. O ex-presidente citou a China, mas observou que "é mais fácil fazer economia na China que num país democrático".
Lula também comentou a recente pesquisa divulgada pelo Datafolha, em que a aprovação ao governo Dilma caiu de 41% para 36% desde o fim de fevereiro. Além disso, as intenções de voto foram de 44% para 38%.
"Dilma tem condições políticas e técnicas para fazer o Brasil avançar.
Eu já cumpri com minha tarefa, já me dou por realizado", afirmou o
ex-presidente, que descartou uma nova candidatura à Presidência e
classificou como boatos as notícias sobre empresários e políticos petistas que preferem o seu nome na disputa presidencial nas eleições de outubro.
"Não sou candidato e não tenho como ir em cartório registrar que não sou candidato. Minha candidata é a Dilma e se vocês [blogueiros] puderem contribuir para acabar com essa boataria toda, ajudarão a democracia desse país", declarou.
Durante a entrevista, o ex-presidente voltou a defender mecanismos de regulação dos meios de comunicação, acusando-os de tratar Dilma de maneira desrespeitosa e de fomentar intrigas entre ele e sua sucessora.
"Tentaram me derrubar em 2005, mas enfrentamos. Tentaram fazer a Dilma
brigar comigo. Quando ela ganhou, tentaram se apoderar dela e quiseram
fazê-la minha inimiga, dizer que o Lulinha estava fora", comentou.
"Temos que retomar com
muita força essa questão da regulação dos meios de comunicação do
país", completou o ex-presidente. "Quando vejo o tratamento a Dilma, é
de falta de respeito e de compromisso com a verdade. Não é possível que [a mídia] não se manque que o telespectador está percebendo", disse o ex-presidente.
Durante o seu mandato, um projeto de regulação dos meios de comunicação foi elaborado, mas não seguiu adiante no governo Dilma e até hoje não foi encaminhado ao Congresso.
(Com informações da Folha de S.Paulo)
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