"Não vejo a possibilidade de aumento de combustíveis antes das eleições", diz Temer
De acordo com Temer, não há espaço para o aumento dos preços dos combustíveis antes das eleições presidenciais de outubro, ao ser questionado se a Petrobras elevaria os preços antes do pleito. "Eu não tenho informações sobre isso, mas eu não vejo a possibilidade", ressaltou.
Vale ressaltar que a unidade de refino e distribuição da empresa já registrou uma perda de US$ 38 bilhões desde 2011, ao subsidiar o combustível importado. O último reajuste ocorreu no final de novembro de 2013, com aumento dos preços de gasolina em 4% e do diesel em 8%.
O vice-presidente comentou ainda sobre as eleições. No último sábado, pesquisa Datafolha revelou que a intenção de votos da presidente Dilma Rousseff caiu 6 pontos percentuais, para 38%. Segundo Temer, "é inevitável a relação entre a inflação e a popularidade da presidente". "Se a inflação decola, não há dúvida de que haverá repercussões negativas para o governo e até mesmo para a inflação".
O relatório Focus, que destaca as previsões dos economistas para diversos aspectos da economia brasileira, vem aumentando sistematicamente as previsões de inflação, puxado também pelo aumento dos preços dos alimentos em meio a pior seca em mais de meio século.
Não há motivos para desconfiança
De acordo com informações da "Folha de S.Paulo", Michel Temer disse a empresários que não há motivos "palpáveis" para a perda relativa de confiança no Brasil e, elencando diversos temas como inflação, responsabilidade fiscal, gastos públicos e infraestrutura, o vice-presidente afirmou que é possível manter um "otimismo sereno e progressivo em relação ao Brasil".Ele assegurou que a inflação está sob controle e ressaltou que, apesar de 2014 ser um ano eleitoral, o governo não abrirá mão de uma política fiscal mais austera. Com relação ao rebaixamento de rating pela Standard & Poor's, no final de março, Temer destacou que o Brasil segue com grau de investimento. "Quero tranquilizar aqueles que queiram aplicar no nosso País", afirmou o vice-presidente, acrescentando que outra agência, a Moody's, assegurou que não irá reduzir a nota do Brasil até 2015.
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