quinta-feira, 20 de março de 2014

Dê quem foi comprado essas cadeiras um mistério ainda muito maior que penças sem falar no resto???????????

Valor de assento de estádio do DF é 62% mais alto que a média

Ao custo de R$ 1,4 bilhão e com a suspeita de superfaturamento de R$ 431 milhões, o estádio de Brasília custa 62% a mais que a média das arenas por valor unitário de assentos.
Como revelado pela Folha, o Tribunal de Contas do DF apontou uma série de indícios de irregularidades na obra, como compra indevida de material e cálculo equivocado no custo de transporte, que totalizam R$ 431 milhões.
A comparação dos estádios, em valores absolutos e custo por assento, é um dos levantamentos feito pelo tribunal.
Com 72 mil lugares, o Mané Garrincha tem a segunda maior capacidade entre as arenas da Copa, atrás do Maracanã. A média de custo de Brasília é de R$ 19.490 por assento.
No total, os 12 estádios da Copa, para 668 mil pessoas, custaram cerca de R$ 8 bilhões, uma média de cerca de R$ 12 mil por cadeira. Os dados são do Portal da Transparência, do governo federal.
No ranking, Brasília aparece como a mais cara, com custo 62% acima da média. Em comparação ao Maracanã, a diferença é de 45% no valor por assento e cerca de R$ 300 milhões no custo total.
Assim como Brasília, Fortaleza também reformou o antigo Castelão, inaugurado em 1973. O estádio tem cerca de 9.000 lugares a menos que Brasília e saiu por um terço do preço, no valor total, ou metade, no custo por assento.
Uma das diferenças de Brasília para as outras sedes é o modelo de contratação.
O estádio é o único bancado inteiramente com dinheiro do cofre do DF, sem financiamentos ou parcerias privadas. Outra característica é que a obra foi fracionada em diversas licitações –entre obra principal, cobertura, cadeiras.
O principal contrato da obra é com o consórcio formado pela Via Engenharia e Andrade Gutierrez, no valor de R$ 1,170 bilhão, para fazer o "esqueleto" da arena.
No início de 2012, a obra inteira do estádio era estimada em cerca de R$ 800 milhões.
À época, o governador Agnelo Queiroz se mostrava otimista. "Esperamos baixar o preço com a concorrência para a cobertura e parceria para ter as cadeiras praticamente a custo zero." O contrato acabou assinado por R$ 10 milhões.
Outro ponto que o governo contava, e ainda conta, para diminuir os custos é a isenção de impostos previstos em lei. A expectativa é que o preço do estádio possa cair de R$ 1,4 bilhão para R$ 1,2 bilhão.
Para governo do DF, comparar custo por assento é inadequado
Em nota, o governo do Distrito Federal considera inadequado comparar o custo dos estádios por assento ou por valores totais, os dois modelos utilizado pelos auditores do Tribunal de Contas do DF.
"Trata-se de um cálculo equivocado, que não leva em conta contextos bem diferentes", diz o governo, sobre o custo unitário de assentos.
De acordo com o governo, em qualquer cálculo "é preciso levar em consideração as características de cada uma das arenas, já que há diferenças nos projetos, tamanho de estruturas e uso de tecnologias diferenciadas".
O Distrito Federal diz que não há "incoerência" nas declarações do governador Agnelo Queiroz, feitas em 2012, "uma vez que naquela ocasião nem todos os serviços tinham sido contratados".
O consórcio formado pela Via Engenharia e Andrade Gutierrez, que possui o principal contrato da obra do estádio Mané Garrincha, disse que quem deve se pronunciar sobre as irregularidades apontadas pelo Tribunal de Contas do DF é o contratante.

Estádio Mané Garrincha

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Imagem interna do Estádio Mané Garrincha, em Brasília
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Preparativos para a inauguração do Estádio Mané Garrincha, em Brasília
 

 

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