domingo, 30 de março de 2014

Não abala realmente para quem não sabe admistrar mesmo sendo economista, péssima conduta, só terá um fim trágio e nada mais.??????????????

29/03/2014 - 22:06

Cenário

Ao falar sobre economia, Dilma diz que não se abala com julgamentos apressados

A presidente se pronunciou sobre o tema pela primeira vez desde o rebaixamento da nota de crédito do Brasil pela Standard & Poor's

Dilma Rousseff
A presidente não chegou a citar nominalmente a S&P (Ueslei Marcelino/Reuters)
Ao falar sobre economia pela primeira vez desde o rebaixamento da nota de crédito do Brasil pela Standard & Poor's, a presidente da República, Dilma Rousseff, reafirmou neste sábado seu compromisso com a estabilidade macroeconômica e disse que não se abala com "julgamentos apressados e conclusões precipitadas", que, segundo ela, a "realidade desmentirá".
A frase parece ter sido direcionada à agência de risco, que rebaixou a nota do Brasil de BBB para BBB- no início da semana. Mas a presidente não citou nominalmente a S&P. Segundo ela, "para seguir com a modernização do estado e da economia, de prioridade à educação, também estamos convencidos da absoluta necessidade de preservar a solidez dos fundamentos macroeconômicos do país", disse.
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"Assumimos essa tarefa como um compromisso inarredável com o nosso povo, com a nossa história, com as forças produtivas e com os investidores que aqui vêm, nacionais e internacionais. Este compromisso não será alterado", afirmou Dilma durante a abertura da reunião anual do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), na Costa do Sauípe, na Bahia. "Tampouco nos abalaremos com julgamentos apressados e por conclusões precipitadas, que a realidade desmentirá", completou.
Segundo a presidente, nos últimos onze anos o Brasil se tornou a sexta economia do mundo e atingiu a estabilidade macroeconômica, com inflação estável, contas fiscais robustas e grandes reservas internacionais.
(Com Agência Estado)

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Deterioração fiscal

A S&P apontou a piora na situação fiscal, ou seja, nas contas públicas, como um dos principais fatores que levaram ao rebaixamento. A agência já havia feito um alerta em junho de 2013, quando reduziu a perspectiva da nota de estável para negativa, o que acendeu a luz amarela para a classificação do Brasil. Nos últimos anos, a diferença entre os gastos e a arrecadação do governo ficou cada vez menor. Isso porque o país tem visto um enfraquecimento da atividade econômica, o que provoca desaceleração da arrecadação, mas não reduziu o ritmo de suas despesas.

Perspectiva de baixo crescimento

A trajetória ruim da situação fiscal é reforçada pela perspectiva de baixo crescimento do Brasil para os próximos anos. Desde que assumiu o poder, em 2011, a presidente Dilma Rousseff não viu um crescimento expressivo do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Desde então, a maior marca alcançada foi de 2,7%, no primeiro ano de mandato. A S&P vê ainda uma piora de cenário para os próximos anos: em comparação com o crescimento de 2,3% visto em 2014, a economia brasileira deve expandir apenas 1,8% este ano, 2,0% em 2015 e 2,5%, em 2016. O crescimento baixo mantém um viés negativo sob a situação fiscal do país.

Contabilidade criativa

Um dos pontos apontados pela S&P que provoca piora na perspectiva das contas públicas é a "contabilidade criativa", as manobras usadas pelo governo para tentar cumprir a meta fiscal sem mudar gastos e arrecadação. O governo tem se valido de receitas extraordinárias - como o Refis e o bônus de exploração do campo de Libra, do pré-sal - para engordar os cofres públicos e fechar as contas no azul. "A credibilidade entorno da condução da política fiscal enfraqueceu sistematicamente quando o governo começou a abater gastos e receitas da meta fiscal, além de ter reduzido a meta ao longo do tempo", citou a S&P em nota. Apenas no ano passado, o governo promoveu duas mudanças na meta fiscal, que começou 2013 em 3,1% do PIB, sendo reduzida para 2,3% e, terminou em 1,9% do PIB apenas. A agência lembrou também o uso persistente de bancos públicos - que são financiados pelo Tesouro.

Déficit nas contas externas

Também pesou negativamente na mudança da nota o aumento do déficit nas contas externas do Brasil. Nos últimos anos o país viu a diferença entre a saída e a entrada de dólares do país aumentar, o que mostra vulnerabilidade do país ao setor externo. No ano passado, o déficit nas contas externas cresceu 50%, somando 81,37 bilhões de dólares, patamar recorde. Além disso, o ritmo de Investimento Estrangeiro Direto (IED) tem se mantido de forma moderada.

Eleições

Soma-se a esse cenário de baixo crescimento e má gestão das contas públicas, a corrida presidencial deste ano. Normalmente, anos eleitorais não são conhecidos por períodos de fortes ajustes, isso porque reduzir gastos, por exemplo, poderia ter um impacto negativo para o eleitorado. Com isso, a S&P lembra que as eleições de outubro são um fator negativo adicional para a perspectiva da política fiscal brasileira.
 

 

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