sábado, 22 de março de 2014

Um negoção feito para uma emergencia apenas 60 meses, bom para ele que vai faturar uma grana atoa.

Justiça Eleitoral de AL aluga prédio de Collor para abrigar sua sede

Alvo de representações na Justiça Eleitoral de Alagoas, o senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL), ex-presidente da República alugou, por R$ 117 mil mensais, um imóvel para o próprio Tribunal Regional Eleitoral do Estado.
O contrato, de 60 meses e com valor total de R$ 7,02 milhões, foi fechado no último dia 27 de fevereiro entre o TRE-AL e a Organização Arnon de Mello, da qual Collor é sócio majoritário. Não houve licitação prévia.
O TRE-AL afirma que a locação foi emergencial, após um laudo de julho de 2013 apontar que a atual sede do órgão eleitoral não apresenta "condições mínimas de segurança".
A situação do edifício, que tem rede elétrica precária e apresenta problemas estruturais, já havia sido denunciada pelo sindicato dos servidores do Judiciário da União no Estado.
O prédio do grupo de Collor, segundo o TRE-AL, foi o único em Maceió disponível no mercado e compatível com a demanda do órgão.
O advogado de Collor, João Lobo, afirmou que a locação é "constitucional".
Disse, ainda, que não há impedimento ao contrato com um órgão público porque o senador não tem função remunerada nem de gestão na organização.
O edifício, de 13 andares, fica ao lado da sede da TV Gazeta, da família Collor. Recém-concluído, foi batizado como "Jornalista Arnon de Mello", em homenagem ao pai do senador.
O MCCE (Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral) em Alagoas criticou o negócio e pediu apuração ao Ministério Público Federal.
Para Antônio Fernando dos Santos, coordenador do MCCE-AL, a Justiça Eleitoral erra ao fechar negócio com um senador no exercício do mandato e que deve ser candidato neste ano.
"O negócio pode até ser legal, mas é imoral", afirmou Santos.
NEGÓCIO AVALIZADO
A Justiça Eleitoral negou que haja conflito de interesses no caso.
O órgão afirmou que a Caixa Econômica Federal e o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) avalizaram a ação, e que chegou a procurar até prédios que abrigam hotéis e escolas, sem sucesso.
Segundo o TRE-AL, Collor responde no órgão a três representações por propaganda eleitoral fora de época, todas já referentes a 2014.
"Isso [locação] não terá a menor influência nas ações do tribunal, pois temos magistrados honrados e com compromisso de serem imparciais e íntegros", afirmou, em nota, a diretora-geral do TRE-AL, Celina Bravo.

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