sexta-feira, 28 de março de 2014
General pede que Dilma dê explicações sobre atentado a bomba que matou Kozel Filho em 1968
Imagem: Ueslei Marcelino / Reuters |
O General de
Divisão na Reserva do Exército Luiz Eduardo Rocha Paiva assegura que a
comissão que averiguará as violações dos direitos humanos durante a
ditadura (1964-1985) também deve investigar os atentados terroristas e,
inclusive, convocar a presidente Dilma Rousseff.
'Dilma integrava
o VAR-Palmares, que lançou o carro bomba que matou o soldado Mario
Kozel Filho. A comissão não vai convocá-la. Por quê?', perguntou o
general em entrevista publicada nesta sexta-feira pelo jornal 'O Globo'.
O atentado em questão foi registrado no dia 26 de junho de 1968 contra um quartel do Exército em São Paulo.
Na mesma
entrevista, Rocha Paiva também duvida que a atual presidente brasileira
tenha sido torturada enquanto esteve presa por sua militância política.
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Segundo o
general, para não ser 'parcial e maniqueísta', a comissão deveria
investigar também as pessoas que participaram direta ou indiretamente de
ações armadas contra o regime militar.
A Comissão da
Verdade, cuja criação foi sancionada em novembro pela própria presidente
Dilma, será instalada em abril para investigar as violações dos
direitos humanos que foram registrados durante a ditadura,
principalmente as desaparições e as torturas.
Apesar de
traçar novas investigações, a comissão não poderá determinar
responsabilidades penais, já que o Supremo Tribunal Federal (STF)
ratificou em 2010 a anistia que em 1979 amparou os torturadores e
aqueles que pegaram em armas contra o regime militar.
'Não vejo porque
eles (os torturadores) têm que aparecer agora se estão anistiados. E por
que não convocarão quem sequestrou e quem planejou (atentados
terroristas)?', indaga o general.
Diante do
argumento que Dilma foi detida e torturada por sua militância, o general
reformado questionou a veracidade dessas torturas.
'Ela diz que foi submetida a torturas. O Senhor tem certeza disso? Eu não sei', afirmou o general.
Dilma, que passou mais de dois anos presa durante sua juventude, já confimou ter sido torturada na época de sua militância contra a ditadura.
Rocha Paiva concedeu essa entrevista após toda a polêmica gerada na última semana, quando um grupo de militares aposentados do Exército, da Marinha e da Força Aérea questionaram a criação da Comissão da Verdade e também criticaram as posições de alguns membros do gabinete de Dilma, como o Ministro de Defesa, Celso Amorim.
A reação do Governo às críticas apresentada pelos militares foi respondida de maneira rígida. Segundo versões da imprensa, o Governo pediu aos comandantes das Forças Armadas que enviem advertências aos militares envolvidos com os comunicados, já que ainda possuem relações hierárquicas.
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'Ela diz que foi submetida a torturas. O Senhor tem certeza disso? Eu não sei', afirmou o general.
Dilma, que passou mais de dois anos presa durante sua juventude, já confimou ter sido torturada na época de sua militância contra a ditadura.
Rocha Paiva concedeu essa entrevista após toda a polêmica gerada na última semana, quando um grupo de militares aposentados do Exército, da Marinha e da Força Aérea questionaram a criação da Comissão da Verdade e também criticaram as posições de alguns membros do gabinete de Dilma, como o Ministro de Defesa, Celso Amorim.
A reação do Governo às críticas apresentada pelos militares foi respondida de maneira rígida. Segundo versões da imprensa, o Governo pediu aos comandantes das Forças Armadas que enviem advertências aos militares envolvidos com os comunicados, já que ainda possuem relações hierárquicas.
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