14/12/2011 10h44
- Atualizado em
15/12/2011 08h10
Monitore sua casa dez minutos por semana para evitar a dengue
Dias quentes e chuvosos são favoráveis à proliferação do mosquito.
'Teste do laço' é feito em prontos-socorros para diagnosticar a doença.
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Dias quentes e chuvosos são muito favoráveis à proliferação do mosquito da dengue. E, para evitar uma possível epidemia neste verão, cada pessoa precisa fazer a sua parte, promovendo uma blitz constante dentro e fora de casa.
Segundo a infectologista Rosana Richtmann, presidente da Sociedade Paulista de Infectologia, é importante não só prevenir a doença, mas saber identificá-la. Por isso, ela mostrou como é o teste rápido, a olho nu, feito nos prontos-socorros para diagnosticar os pacientes.
Essa "prova do laço", porém, não deve ser feita em casa. Além disso, em pessoas negras ou muito idosas, pode não funcionar direito.
O ciclo de vida do Aedes aegypti, do ovo à fase adulta, leva de sete a dez dias. Se a verificação e a eliminação dos criadouros for realizada uma vez por semana, é possível interromper esse processo.
O ovo do mosquito é escuro e menor que um grão de areia, razão pela qual é difícil enxergá-lo. Ele é depositado nas paredes do criadouro, que deve ser escovada para a remoção.
Em contato com a água, se ficar no prato, o ovo pode eclodir em dez minutos. E esse é o tempo recomendado para uma checagem semanal em possíveis focos, a fim de combater a proliferação. Aqui, você pode imprimir uma lista de lugares na sua casa que devem ser monitorados.
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A partir da eclosão dos ovos, nascem as larvas, que vivem na água. Por
terem tamanho reduzido, semelhante à cabeça de uma agulha de costura,
dificilmente são vistas. Elas não gostam de luz forte, e por isso fogem
para as beiradas quando se abre a caixa d'água, por exemplo.- Chat após o programa: Infectologista tira mais dúvidas sobre a dengue
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No Rio de Janeiro, que prevê uma explosão de casos de dengue nos próximos meses, a repórter Marina Araújo acompanhou uma blitz de fiscais e descobriu armadilhas que podem servir de berço para o Aedes aegypti.
O Rio é o estado campeão no número de ocorrências da doença. De janeiro a outubro de 2010, foram registrados 26.512 casos. No mesmo período deste ano, o número subiu para 155.771.
De acordo com o infectologista Rivaldo Venancio da Cunha, o principal risco de uma pessoa com sintomas que esteve em uma unidade de saúde e foi examinada é voltar para casa e piorar o quadro.
Quando o paciente retorna à unidade de saúde, horas ou dias depois, já está em um estágio mais grave e pode até entrar em choque. Muitas vezes, as medidas tomadas acabam não surtindo efeito e o indivíduo morre.
No organismo, o vírus da dengue desencadeia uma reação inflamatória. Por causa disso, os vasos sanguíneos ficam mais porosos e extravasam plasma.
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