17/12/2011 09h00
- Atualizado em
17/12/2011 09h00
Saiba como reconhecer e se proteger das correntes marítimas mais fortes
A chamada corrente de retorno causa mais de 80% dos acidentes no mar.
Homens jovens são os que mais precisam de socorro na praia.
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Pesquisas feitas em diferentes pontos do litoral brasileiro apontam que
a correnteza é a principal causa de afogamentos na praia. Em mais de
80% dos casos, a corrente que provoca esses acidentes é a que puxa para
fora da praia, perpendicular à orla, chamada pelos especialistas de
"corrente de retorno".
Esse fluxo é formado pela água das ondas, depois que elas arrebentam. A água que se acumula na beira da praia volta para o mar e, com isso, cria uma corrente nessa direção.
Os fatores que determinam essas correntes são muito localizados, por isso é impossível dizer que uma região do Brasil tenha tendência maior ou menor a apresentá-las. Elas dependem do volume das ondas, dos ventos e da topografia.
"Geralmente, o homem tende a ser mais imprudente no banho de mar. A mulher costuma ser mais cautelosa, é como no trânsito", acredita Albuquerque, do IFRS. Ele diz ainda que quem conhece bem o mar tende a ser mais cauteloso, mas que isso "não dá para afirmar 100%".
Essa corrente pode chegar a até 7 km/h e, nesses casos, não adianta tentar nadar contra, pois é muito difícil atingir essa velocidade na água. César Cielo, no recorde mundial dos 50 metros livre, prova mais rápida da natação olímpica, alcança uma velocidade média de aproximadamente 8,5 km/h.
Se o banhista fica preso em uma corrente, o mais importante é que ele mantenha a calma. Se ele souber nadar ou boiar, a corrente não vai fazer com que ele afunde. O ideal, segundo os especialistas, é nadar paralelamente à praia até encontrar algum banco de areia, onde ele consiga apoiar os pés no chão. A partir daí, é possível esperar as ondas maiores e nadar junto delas até a beira da praia.
Bancos de areia
A melhor maneira de saber se a corrente de retorno é forte em determinada praia é observar a areia. Se ela for muito grossa ou muito fina, a tendência é de que a corrente não seja tão perigosa. Quando a areia é fina, ela é levemente levada pela água, e o mar tende a ser raso. Onde ela é grossa, a praia tende a ser íngreme, então a água bate e volta. Por isso, a areia média é a mais perigosa e serve como indicador.
“A corrente de retorno é mais propícia de ser formada em praias de areia média”, afirma Miguel da Guia Albuquerque, professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS), no Campus Rio Grande.
Isso acontece porque a areia média faz com que se formem bancos de areia no mar. Os bancos de areia são pequenos montes que se formam debaixo d’água, deixando o mar um pouco mais raso em alguns trechos. Assim, a água que retorna se concentra numa região, e essa energia concentrada faz com que a corrente fique mais forte.
“Onde o banho parece mais tranquilo, que a onda não rebenta, a corrente muitas vezes é mais forte, porque há bancos na praia”, alerta Lauro Calliari, professor da Universidade Federal do Rio Grande (FURG), no Rio Grande do Sul.
Esses bancos não são permanentes e variam de acordo com as condições do mar.
Esse fluxo é formado pela água das ondas, depois que elas arrebentam. A água que se acumula na beira da praia volta para o mar e, com isso, cria uma corrente nessa direção.
Os fatores que determinam essas correntes são muito localizados, por isso é impossível dizer que uma região do Brasil tenha tendência maior ou menor a apresentá-las. Elas dependem do volume das ondas, dos ventos e da topografia.
Sob
as ondas que se quebram, é possível ver que o mar fica mais raso. São
os bancos de areia na praia do Futuro, em Fortaleza (Foto: Miguel da
Guia Albuquerque/Cortesia)
O perfil mais comum de quem precisa ser salvado das correntes de
retorno: são homens, jovens e não têm o hábito de frequentar a praia em
que se acidentaram."Geralmente, o homem tende a ser mais imprudente no banho de mar. A mulher costuma ser mais cautelosa, é como no trânsito", acredita Albuquerque, do IFRS. Ele diz ainda que quem conhece bem o mar tende a ser mais cauteloso, mas que isso "não dá para afirmar 100%".
Essa corrente pode chegar a até 7 km/h e, nesses casos, não adianta tentar nadar contra, pois é muito difícil atingir essa velocidade na água. César Cielo, no recorde mundial dos 50 metros livre, prova mais rápida da natação olímpica, alcança uma velocidade média de aproximadamente 8,5 km/h.
Se o banhista fica preso em uma corrente, o mais importante é que ele mantenha a calma. Se ele souber nadar ou boiar, a corrente não vai fazer com que ele afunde. O ideal, segundo os especialistas, é nadar paralelamente à praia até encontrar algum banco de areia, onde ele consiga apoiar os pés no chão. A partir daí, é possível esperar as ondas maiores e nadar junto delas até a beira da praia.
Onde o banho parece mais tranquilo, , a corrente muitas vezes é mais forte, porque há bancos na praia"
Lauro Calliari, oceanógrafo
A melhor maneira de saber se a corrente de retorno é forte em determinada praia é observar a areia. Se ela for muito grossa ou muito fina, a tendência é de que a corrente não seja tão perigosa. Quando a areia é fina, ela é levemente levada pela água, e o mar tende a ser raso. Onde ela é grossa, a praia tende a ser íngreme, então a água bate e volta. Por isso, a areia média é a mais perigosa e serve como indicador.
“A corrente de retorno é mais propícia de ser formada em praias de areia média”, afirma Miguel da Guia Albuquerque, professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS), no Campus Rio Grande.
Isso acontece porque a areia média faz com que se formem bancos de areia no mar. Os bancos de areia são pequenos montes que se formam debaixo d’água, deixando o mar um pouco mais raso em alguns trechos. Assim, a água que retorna se concentra numa região, e essa energia concentrada faz com que a corrente fique mais forte.
“Onde o banho parece mais tranquilo, que a onda não rebenta, a corrente muitas vezes é mais forte, porque há bancos na praia”, alerta Lauro Calliari, professor da Universidade Federal do Rio Grande (FURG), no Rio Grande do Sul.
Esses bancos não são permanentes e variam de acordo com as condições do mar.
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