Mulher pisoteada por soldados marca volta do terror ao Cairo
18 de dezembro de 2011 • 13h26
• atualizado às 13h57
Momento em que um soldado pisa no peito da manifestante: imagem símbolo da volta do terror à praça Tahir
Foto: Reuters
Foto: Reuters
Uma foto de uma manifestante egípcia sendo agredida pelas
forças policiais se tornou um símbolo da volta do terror às ruas do
Cairo. A imagem mostra a mulher sendo chutada e pisoteada após ser
agredida por soldados durante os distúrbios de ontem, o segundo dia de
confrontos desde o reinício das revoltas na praça Tahrir, ganhando
grande repercussão na internet. Ao menos 10 pessoas morreram nos últimos
três dias na capital egípcia.
As cenas são chocantes. Os homens batem covardemente. Um deles pisa com força no peito da manifestante. E, como destaca a versão online da The Atlantic Magazine, há algo especialmente bárbaro em relação a essa imagem no mundo árabe: nesses países, o tabu da violência contra mulheres desarmadas é muito forte. Apesar disso, a cena de três soldados batendo em uma mulher indefesa com golpes de cassetetes, socos e até as botas ainda não é a parte mais provocativa. O fato de esses homens terem puxado o seu véu até acima de sua cabeça, expondo o abdômen e peito é, no Egito, uma profunda humilhação sexual.
E há certa horrível ironia sobre o uso do véu, o "abaya", um símbolo de modéstia e piedade, para cobrir-lhe o rosto e arrastá-la pela rua. Mesmo que talvez não tenha sido intencional, isso não deixará de ser notado pelos olhos dos egípcios. O vídeo e as fotos que mostram a agressão à manifestante foram amplamente divulgados em sites como o Facebook e o Twitter. Entretanto, não há informações confirmadas sobre o que aconteceu com a mulher - a gravação disponível na web corta após o momento em que um dos soldados que espancavam a vítima cobre o corpo dela com o véu.
Soldados arrastam e espancam uma mulher com socos, cassetetes e
chutes na praça Tahrir, no Cairo. A imagem, que foi amplamente
divulgada em sites como Facebook e Twitter, ilustra a volta do terror e
da violenta repressão à capital egípcia. Em três dias, pelo menos 10
pessoas morreram e quase 500 ficaram feridas em confrontos com forças de
segurança
A manifestante, que não foi identificada, é arrastada e tem o
véu levantado até acima da cabeça antes de ser pisoteada por soldados
Homem sofre ferimento na cabeça em confrontos com militares egípcios, que tomaram a praça Tahrir
Manifestante ferido fica deitado enquanto um soldado segura um cassetete e o outro dispara
Homem carrega outro que ficou ferido durante os confrontos, no Cairo
Garoto ferido na cabeça recebe atendimento improvisado perto da praça Tahrir
As cenas são chocantes. Os homens batem covardemente. Um deles pisa com força no peito da manifestante. E, como destaca a versão online da The Atlantic Magazine, há algo especialmente bárbaro em relação a essa imagem no mundo árabe: nesses países, o tabu da violência contra mulheres desarmadas é muito forte. Apesar disso, a cena de três soldados batendo em uma mulher indefesa com golpes de cassetetes, socos e até as botas ainda não é a parte mais provocativa. O fato de esses homens terem puxado o seu véu até acima de sua cabeça, expondo o abdômen e peito é, no Egito, uma profunda humilhação sexual.
E há certa horrível ironia sobre o uso do véu, o "abaya", um símbolo de modéstia e piedade, para cobrir-lhe o rosto e arrastá-la pela rua. Mesmo que talvez não tenha sido intencional, isso não deixará de ser notado pelos olhos dos egípcios. O vídeo e as fotos que mostram a agressão à manifestante foram amplamente divulgados em sites como o Facebook e o Twitter. Entretanto, não há informações confirmadas sobre o que aconteceu com a mulher - a gravação disponível na web corta após o momento em que um dos soldados que espancavam a vítima cobre o corpo dela com o véu.
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