segunda-feira, 12 de agosto de 2013
Prefeito e vereadores de Londres ganham vale-transporte em vez de carro oficial
Boris Johnson, prefeito de Londres, vai ao trabalho de bicicleta. Imagem: Bernardo Mello Franco/Folhapress |
Na
maior cidade da União Europeia, nem o prefeito tem direito a carro
oficial. Eleito em 2008 para governar Londres, Boris Johnson costuma se
deslocar para o trabalho de metrô ou de bicicleta.
Ele
e os vereadores da capital britânica recebem um vale-transporte anual
válido para ônibus, trens e metrô. Ao tomar posse, todos são avisados de
que o uso do transporte público é quase uma das obrigações do cargo.
As
regras da prefeitura e da London Assembly, equivalente londrino à
Câmara dos Vereadores paulistana, são bem claras quanto à ausência de
motoristas e carros oficiais: "O prefeito e os membros da London
Assembly têm o compromisso de usar o transporte público", diz um
documento.
Boris
fez da austeridade uma poderosa arma de marketing. Colou sua imagem ao
cicloativismo, uma bandeira cada vez mais popular no Reino Unido.
Além
de aparecer em público de capacete, ele virou garoto-propaganda do
programa de aluguel de bicicletas nas ruas da cidade, uma aposta para
reduzir as viagens de carro e até de ônibus em pequenas distâncias.
O município só reembolsa despesas com táxi caso as autoridades provem que não puderam optar por uma opção mais barata.
Depois
de aprovadas, as prestações de contas podem ser acessadas por qualquer
cidadão na internet (os dados da Câmara e da Assembleia de São Paulo
também estão na rede).
No ano passado, por exemplo, Boris recebeu R$ 382 de reembolso por quatro viagens de táxi.
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