Em nova derrota, Câmara vai convidar Graça Foster para falar sobre Petrobras
A base aliada na Câmara dos Deputados impôs uma nova derrota ao governo
nesta quarta-feira (12) e aprovou convite para a presidente da
Petrobras, Graça Foster, prestar esclarecimentos na Comissão de Finanças
sobre a suspeita de corrupção envolvendo a estatal.
O pedido de explicações de Graça Foster faz parte da estratégia de partidos governistas insatisfeitos com o Planalto para criar constrangimentos no Congresso. Como Graça coordena uma estatal, o Congresso não tem força para aprovar a convocação, que torna a presença obrigatória.
Ontem, a base já aprovou a criação de uma comissão externa para apurar suspeitas de que a empresa SBM Offshore, que aluga plataformas de petróleo a companhias como a Petrobras, teria pago suborno a empresas em vários países, incluindo o Brasil. A Petrobras é uma das prioridades da presidente Dilma Rousseff.
A SM Offshore é uma empresa holandesa de serviços para exploração e produção de petróleo em alto-mar. Tem contrato para plataformas com Petrobras e Shell em operação nas bacias do Espírito Santo, de Campos e de Santos.
Líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), defendeu a vinda da presidente da Petrobras, mas acertou a blindagem do ministro Edison Lobão (Minas e Energia). Ele fez um acordo para retirar o pedido de convocação de Lobão afirmando que ele apenas irá ao Congresso, caso Graça Foster não compareça.
"A Casa aprovou a criação de comissão externa e na medida que a Casa aprovou a comissão não há medida para não aprovar o convite para Graça Foster. A Casa já mostrou que quer ouvir o tema", disse Cunha. O PT tentou impedir a votação, mas acabou recuando.
SAÚDE
Para evitar um novo desgaste, o governo liberou o PT para costurar um acordo e evitar a convocação do ministro Arthur Chioro (Saúde). Quando o requerimento começou a ser votado, deputados petistas ofereceram a ida de Chioro à Câmara na próxima quarta-feira (19). O apelo foi acolhido pelo PMDB e pela oposição.
Chioro foi chamado a dar explicações sobre o programa Mais Médicos, vitrine eleitoral de Dilma Rousseff, sobre ter levado sua esposa em avião da FAB (Força Aérea Brasileira) durante compromissos no Carnaval, como a Folha revelou, sobre gastos da saúde indígena e ainda aluguel superfaturado de veículos da pasta.
INVESTIGAÇÃO
Funcionários da Petrobras estiveram em fevereiro na sede da SBM Offshore, na Holanda, logo após a divulgação do possível envolvimento da petroleira nas investigações sobre pagamento de propina pela empresa holandesa, sua fornecedora, em diversos países. A Folha apurou que a SBM recebeu os representantes da Petrobras na sede do grupo, em Schiedam.
Eles tiveram acesso a toda a documentação que a empresa produziu a partir de investigação interna que realizou voluntariamente, em 2012, e que entregou às autoridades da Holanda e dos EUA.
PRÁTICAS IMPRÓPRIAS
A direção da SBM descobriu, em 2012, por meio de controles internos, "indícios de pagamentos substanciais" feitos "mediante intermediários, aparentemente destinados a funcionários públicos". Segundo a SBM, as "práticas comerciais impróprias" foram detectadas "em dois países na África e um fora da África". A empresa não citou países nem empresas envolvidos.
Segundo relato de ex-funcionário da SBM, que teria acompanhado as investigações internas e que publicou no site Wikipedia o detalhamento do caso, as propinas teriam sido pagas em sete países, entre 2006 e 2011, em um total de US$ 275 milhões, dos quais US$ 139,2 milhões a funcionários da Petrobras.
O pedido de explicações de Graça Foster faz parte da estratégia de partidos governistas insatisfeitos com o Planalto para criar constrangimentos no Congresso. Como Graça coordena uma estatal, o Congresso não tem força para aprovar a convocação, que torna a presença obrigatória.
Ontem, a base já aprovou a criação de uma comissão externa para apurar suspeitas de que a empresa SBM Offshore, que aluga plataformas de petróleo a companhias como a Petrobras, teria pago suborno a empresas em vários países, incluindo o Brasil. A Petrobras é uma das prioridades da presidente Dilma Rousseff.
A SM Offshore é uma empresa holandesa de serviços para exploração e produção de petróleo em alto-mar. Tem contrato para plataformas com Petrobras e Shell em operação nas bacias do Espírito Santo, de Campos e de Santos.
Líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), defendeu a vinda da presidente da Petrobras, mas acertou a blindagem do ministro Edison Lobão (Minas e Energia). Ele fez um acordo para retirar o pedido de convocação de Lobão afirmando que ele apenas irá ao Congresso, caso Graça Foster não compareça.
"A Casa aprovou a criação de comissão externa e na medida que a Casa aprovou a comissão não há medida para não aprovar o convite para Graça Foster. A Casa já mostrou que quer ouvir o tema", disse Cunha. O PT tentou impedir a votação, mas acabou recuando.
SAÚDE
Para evitar um novo desgaste, o governo liberou o PT para costurar um acordo e evitar a convocação do ministro Arthur Chioro (Saúde). Quando o requerimento começou a ser votado, deputados petistas ofereceram a ida de Chioro à Câmara na próxima quarta-feira (19). O apelo foi acolhido pelo PMDB e pela oposição.
Chioro foi chamado a dar explicações sobre o programa Mais Médicos, vitrine eleitoral de Dilma Rousseff, sobre ter levado sua esposa em avião da FAB (Força Aérea Brasileira) durante compromissos no Carnaval, como a Folha revelou, sobre gastos da saúde indígena e ainda aluguel superfaturado de veículos da pasta.
INVESTIGAÇÃO
Funcionários da Petrobras estiveram em fevereiro na sede da SBM Offshore, na Holanda, logo após a divulgação do possível envolvimento da petroleira nas investigações sobre pagamento de propina pela empresa holandesa, sua fornecedora, em diversos países. A Folha apurou que a SBM recebeu os representantes da Petrobras na sede do grupo, em Schiedam.
Eles tiveram acesso a toda a documentação que a empresa produziu a partir de investigação interna que realizou voluntariamente, em 2012, e que entregou às autoridades da Holanda e dos EUA.
PRÁTICAS IMPRÓPRIAS
A direção da SBM descobriu, em 2012, por meio de controles internos, "indícios de pagamentos substanciais" feitos "mediante intermediários, aparentemente destinados a funcionários públicos". Segundo a SBM, as "práticas comerciais impróprias" foram detectadas "em dois países na África e um fora da África". A empresa não citou países nem empresas envolvidos.
Segundo relato de ex-funcionário da SBM, que teria acompanhado as investigações internas e que publicou no site Wikipedia o detalhamento do caso, as propinas teriam sido pagas em sete países, entre 2006 e 2011, em um total de US$ 275 milhões, dos quais US$ 139,2 milhões a funcionários da Petrobras.
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