Com 165 m², casa de praia em terreno acidentado tem estrutura leve de madeira
O cenário não poderia ser mais inspirador: céu, mar, montanhas,
floresta. Tudo preservado de acordo com a legislação e muito respeitado,
conforme a consciência da comunidade. O projeto dessa casa, situada na
Praia do Félix, em Ubatuba, litoral norte de São Paulo, e criado pelo
escritório de arquitetura Vidal & Sant’Anna apresenta as
características necessárias para não agredir o meio ambiente.
Preservar é a palavra de ordem do local. Por isso, os proprietários da residência de férias e fins de semana (um casal com três filhos) procuraram os arquitetos Ana Vidal, Silvio Sant’Anna e Gabriel Cesar Santos, que já haviam tido experiência semelhante em Paraty. As restrições ambientais da região determinam uma taxa de ocupação de apenas 30% do terreno de 900 m². Porém, após inúmeras conversas com os moradores ficou decidido que ocupariam ainda menos do que o estipulado, resultando, assim, em uma ocupação de somente 10% do terreno e uma área construída de 165 m².
Para contemplar todas as exigências quanto à preservação da mata e ainda não interferir no solo (as árvores existentes possuem raízes imensas que poderiam representar riscos futuros), a solução foi usar o sistema construtivo denominado light wood frame, o que também evitou a montagem de canteiro de obra. Esse sistema, constituído de pilares de madeira apoiados em sapatas de concreto, permitiu elevar a casa de modo a tocar o mínimo possível no solo. Peças metálicas de transição impedem que a madeira tenha contato direto com o concreto e absorva a umidade.
A construção acompanha as curvas de nível do terreno, que tem uma declividade de 20 m entre as duas ruas que o delimitam e ficou elevada 1,5 m, considerando a parte mais alta do lote, e 3 m em relação à mais baixa.
A construção se define essencialmente por três blocos. O dos dormitórios (duas suítes e um dormitório); o superior, que, disposto transversalmente, tem balanços de frente e de fundos de 2,5 m. Esse bloco é ocupado por sala, cozinha e terraço, com pergolado e solário. Por fim, há a “caixinha de vidro”, implantada a 45º e com 9 m².
Graças ao emprego do sistema de placas pré-fabricadas de OSB (Oriented Strand Board) de 2,44 m por 1,22 m, foi possível tanto acelerar o prazo da construção – que foi de apenas três meses – quanto aliviar as cargas nas fundações. Essas placas têm uma característica especial: são constituídas por restos de madeira triturados em lascas e tratadas com produto químico biodegradável e resina de cola para fazer pressão e formar a chapa. Os arquitetos dizem que o OSB não deforma com o calor e a umidade por apresentar tiras dispostas aleatoriamente e pela ausência de veios encontrados nas madeiras convencionais.
Na casa, toda as placas de madeira são unidas por perfis metálicos que garantem a estrutura da construção. As extremidades em balanço têm um tirante metálico que assegura a sustentação. As paredes de fechamento são todas de vidros laminados translúcidos, uma vez que a privacidade não constitui problema devido à densa mata do entorno.
Todos os acessos e circulações da casa são externos, realizados por meio de uma sequência de escadas que conduzem aos pavimentos, à rua e à praia. (Ledy Valporto Leal, colaboração para o UOL)
As fotos da casa
A passarela de madeira faz o acesso tanto ao cantinho de ioga quanto ao piso mais alto, que abriga living, cozinha e terraço
Preservar é a palavra de ordem do local. Por isso, os proprietários da residência de férias e fins de semana (um casal com três filhos) procuraram os arquitetos Ana Vidal, Silvio Sant’Anna e Gabriel Cesar Santos, que já haviam tido experiência semelhante em Paraty. As restrições ambientais da região determinam uma taxa de ocupação de apenas 30% do terreno de 900 m². Porém, após inúmeras conversas com os moradores ficou decidido que ocupariam ainda menos do que o estipulado, resultando, assim, em uma ocupação de somente 10% do terreno e uma área construída de 165 m².
Para contemplar todas as exigências quanto à preservação da mata e ainda não interferir no solo (as árvores existentes possuem raízes imensas que poderiam representar riscos futuros), a solução foi usar o sistema construtivo denominado light wood frame, o que também evitou a montagem de canteiro de obra. Esse sistema, constituído de pilares de madeira apoiados em sapatas de concreto, permitiu elevar a casa de modo a tocar o mínimo possível no solo. Peças metálicas de transição impedem que a madeira tenha contato direto com o concreto e absorva a umidade.
Sobre 12 pilares
No total, foram usados 12 pilares, oito deles na estrutura principal (que compreende o bloco dos dormitórios e o pavimento de uso social, disposto transversalmente). Os outros quatro pilares sustentam um volume menor, chamado de “caixinha de vidro”, um espaço reservado a atividades como ioga, meditação ou até quarto de hóspedes. “Daqui é possível ter uma visão maravilhosa do mar, ideal para contemplação”, conta o arquiteto Silvio Sant’Anna.A construção acompanha as curvas de nível do terreno, que tem uma declividade de 20 m entre as duas ruas que o delimitam e ficou elevada 1,5 m, considerando a parte mais alta do lote, e 3 m em relação à mais baixa.
A construção se define essencialmente por três blocos. O dos dormitórios (duas suítes e um dormitório); o superior, que, disposto transversalmente, tem balanços de frente e de fundos de 2,5 m. Esse bloco é ocupado por sala, cozinha e terraço, com pergolado e solário. Por fim, há a “caixinha de vidro”, implantada a 45º e com 9 m².
Graças ao emprego do sistema de placas pré-fabricadas de OSB (Oriented Strand Board) de 2,44 m por 1,22 m, foi possível tanto acelerar o prazo da construção – que foi de apenas três meses – quanto aliviar as cargas nas fundações. Essas placas têm uma característica especial: são constituídas por restos de madeira triturados em lascas e tratadas com produto químico biodegradável e resina de cola para fazer pressão e formar a chapa. Os arquitetos dizem que o OSB não deforma com o calor e a umidade por apresentar tiras dispostas aleatoriamente e pela ausência de veios encontrados nas madeiras convencionais.
OSB e vidro
Um dos grandes destaques na solução plástica adotada é a superfície curva da cobertura da sala que, no ponto mais alto, alcança 5 m de pé-direito. Com estruturada de placas de madeira coladas e pregadas, a cobertura tem fechamento de placas de OSB revestidas por mantas de impermeabilização e miolo de lã de rocha. O espaço da sala é interligado ao terraço com deck e bancos de madeira formando o solário. Para proteger das chuvas, criou-se um pergolado com fechamento de vidro, elemento que também aparece na cobertura do corredor de circulação dos dormitórios, no pavimento inferior.Na casa, toda as placas de madeira são unidas por perfis metálicos que garantem a estrutura da construção. As extremidades em balanço têm um tirante metálico que assegura a sustentação. As paredes de fechamento são todas de vidros laminados translúcidos, uma vez que a privacidade não constitui problema devido à densa mata do entorno.
Todos os acessos e circulações da casa são externos, realizados por meio de uma sequência de escadas que conduzem aos pavimentos, à rua e à praia. (Ledy Valporto Leal, colaboração para o UOL)
As fotos da casa
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