domingo, 9 de outubro de 2011

A Amazonia sempre este na mira das mudanças climáticas e sempre ficará tudo que acontece na natureza por lá vai se manifestar.

Efeitos das mudanças climáticas na Amazônia serão projetados por grupo de pesquisadores

Grupo composto por cientistas latino-americanos e europeus define metodologia de análise em reunião que acontece no Inpe, nesta semana

Efeitos das mudanças climáticas na floresta amazônica e nos rios serão analisados por cientistas
Efeitos das mudanças climáticas na floresta amazônica e nos rios serão analisados por cientistas (Antônio Lima)
Um estudo com duração de três anos vai apontar projeções sobre os efeitos das mudanças climáticas e o desflorestamento nos serviços ambientais da Amazônia. Vazões de rios para hidrelétricas e disponibilidade de água para produção de agricultura serão alguns dos serviços analisados nestas projeções.
O projeto batizado de Amazalert será desenvolvido por um grupo de pesquisadores de instituições latino-americanas e européias, que nesta semana define, em reunião realizada no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a metodologia das análises.
Em entrevista ao portal acrítica.com, um dos coordenadores do grupo latino-americano, Celso Randow, explicou que o objetivo é desenvolver um modelo que simule as condições hidrológicas das Amazônia e como se dará, em até 100 anos, as mudanças nos ciclos ambientais na região.
“A gente quer definir quais são estes serviços ambientais e depois avaliar os impactos causados nestes serviços. Por exemplo, saber como a floresta regula as águas dos rios”, afirmou Randow, por telefone, de São José dos Campos, onde fica a sede do Inpe.
A análise será realizada com base em dados do programa Experimento de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia (LBA), com sede em Manaus, e em relatórios do IPCC. Eles serão sistematizados em um modelo climático computacional do sistema climático e passarão por simulações reproduzidas pelos cientistas.
Segundo Celso Randow, a relevância da pesquisa está nos resultados apresentados daqui a três anos, quando será possível entender como funcionam os efeitos das mudanças climáticas.
“Será importante para conseguir subsídios à políticas ambientais de proteção. A gente sabe que, com a mudança climática, o número de eventos extremos tende a aumentar. É um conhecimento importante para a sociedade entender como a floresta responde ao clima e a estes eventos”, disse.
O projeto Amazalert será composto por cientistas de 14 instituições. Ele será será liderada por Carlos Nobre e Celso Randow, ambos do Inpe, e Bart Krujit, da Universidade de Wageningen, Países Baixos.
A reunião inaugural do projeto, orçado em 4,7 milhões de euros financiados conjuntamente pelo “European 7th Framework Programme” e organizações nacionais, acontece até nesta quarta-feira, no Inpe, cuja sede é em São José dos Campos, SP.

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