Campanha contra câncer de mama ressalta diagnóstico precoce
04 de outubro de 2011 • 19h42
• atualizado às 20h09
O Congresso Nacional é um dos prédios públicos que adotou
iluminação rosa para aderir à campanha em combate ao câncer de mama no
País
Foto: Elio Rizzo/Futura Press
Foto: Elio Rizzo/Futura Press
Lançada nesta terça-feira no Rio de Janeiro, a edição deste
ano da mobilização mundial conhecida como Outubro Rosa, para alertar
sobre os riscos do câncer de mama, pretende chamar a atenção para a
importância de as mulheres fazerem regularmente a mamografia. O exame,
que pode diagnosticar precocemente o surgimento de um tumor, contribui
para aumentar as chances de cura e reduzir as mortes causadas pela
doença.
Como parte da campanha, prédios e monumentos históricos em várias cidades do País vão ganhar, ao longo do mês, iluminação especial na cor rosa, como é o caso de um dos principais cartões-postais do Rio de Janeiro, a estátua do Cristo Redentor. Na capital fluminense, a carreta da saúde, disponibilizada pela Secretaria Municipal de Saúde, vai realizar, até o fim de outubro, exames gratuitos de mamografia em diversas comunidades, como o Complexo do Alemão, na zona norte. As mulheres que forem diagnosticadas com câncer de mama serão encaminhadas para tratamento.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), este ano devem ser registrados cerca de 50 mil novos casos de câncer de mama no Brasil. Aproximadamente 12 mil brasileiras morrem anualmente por causa da doença. Segundo a presidente da Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama), entidade que coordena a campanha no Brasil, Maira Caleffi, a mamografia é o único método seguro de diagnóstico precoce.
"Esse exame é sem dúvida o único método de prevenção e diagnóstico precoce. É preciso que a mulher faça o autoexame e os exames periódicos, mas só a mamografia detecta nódulos que a mão não identifica. O problema hoje em dia não é mais ter câncer de mama, mas não diagnosticá-lo", disse, acrescentando que a taxa de cura chega a 95% quando a doença é identificada em estágio inicial.
A mastologista Maira Caleffi citou o exemplo do Canadá e do Reino Unido, onde foi adotada há 20 anos uma política de rastreamento mamográfico pelos governos locais. Segundo ela, essa iniciativa permitiu uma redução de 30% no número de mortes provocadas pela doença entre a população com idade superior a 50 anos, e de 20% em mulheres com idades entre 40 e 49 anos. "No Brasil, também estamos avançando, mas ainda é preciso garantir que a mamografia esteja disponível para todas as mulheres e em todas as regiões", destacou.
De acordo com o Ministério da Saúde, existem no País quase 1,3 mil mamógrafos em funcionamento, disponíveis para exames pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O número, segundo técnicos da pasta, é quase duas vezes maior do que o necessário para cobrir toda a população brasileira, mas a distribuição geográfica - cerca de 44% estão no Sudeste - e o baixo nível de produtividade são entraves à plena oferta do exame.
Para reverter esse quadro, o ministério vai investir R$ 4,5 bilhões até 2014, como parte do Plano Nacional de Prevenção, Diagnóstico e Tratamento do Câncer de Colo de Útero e de Mama, lançado em março pela presidente Dilma Rousseff. Os recursos serão destinados ao fortalecimento da atenção primária e da rede ambulatorial e hospitalar do SUS e em campanhas de informação e conscientização à sociedade.
O Congresso Nacional é um dos prédios públicos que adotou
iluminação rosa para aderir à campanha em combate ao câncer de mama no
País
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), este ano
devem ser registrados cerca de 50 mil novos casos de câncer de mama no
Brasil
Como parte da campanha, prédios e monumentos históricos em várias cidades do País vão ganhar, ao longo do mês, iluminação especial na cor rosa, como é o caso de um dos principais cartões-postais do Rio de Janeiro, a estátua do Cristo Redentor. Na capital fluminense, a carreta da saúde, disponibilizada pela Secretaria Municipal de Saúde, vai realizar, até o fim de outubro, exames gratuitos de mamografia em diversas comunidades, como o Complexo do Alemão, na zona norte. As mulheres que forem diagnosticadas com câncer de mama serão encaminhadas para tratamento.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), este ano devem ser registrados cerca de 50 mil novos casos de câncer de mama no Brasil. Aproximadamente 12 mil brasileiras morrem anualmente por causa da doença. Segundo a presidente da Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama), entidade que coordena a campanha no Brasil, Maira Caleffi, a mamografia é o único método seguro de diagnóstico precoce.
"Esse exame é sem dúvida o único método de prevenção e diagnóstico precoce. É preciso que a mulher faça o autoexame e os exames periódicos, mas só a mamografia detecta nódulos que a mão não identifica. O problema hoje em dia não é mais ter câncer de mama, mas não diagnosticá-lo", disse, acrescentando que a taxa de cura chega a 95% quando a doença é identificada em estágio inicial.
A mastologista Maira Caleffi citou o exemplo do Canadá e do Reino Unido, onde foi adotada há 20 anos uma política de rastreamento mamográfico pelos governos locais. Segundo ela, essa iniciativa permitiu uma redução de 30% no número de mortes provocadas pela doença entre a população com idade superior a 50 anos, e de 20% em mulheres com idades entre 40 e 49 anos. "No Brasil, também estamos avançando, mas ainda é preciso garantir que a mamografia esteja disponível para todas as mulheres e em todas as regiões", destacou.
De acordo com o Ministério da Saúde, existem no País quase 1,3 mil mamógrafos em funcionamento, disponíveis para exames pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O número, segundo técnicos da pasta, é quase duas vezes maior do que o necessário para cobrir toda a população brasileira, mas a distribuição geográfica - cerca de 44% estão no Sudeste - e o baixo nível de produtividade são entraves à plena oferta do exame.
Para reverter esse quadro, o ministério vai investir R$ 4,5 bilhões até 2014, como parte do Plano Nacional de Prevenção, Diagnóstico e Tratamento do Câncer de Colo de Útero e de Mama, lançado em março pela presidente Dilma Rousseff. Os recursos serão destinados ao fortalecimento da atenção primária e da rede ambulatorial e hospitalar do SUS e em campanhas de informação e conscientização à sociedade.
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