sábado, 8 de outubro de 2011

Ninguem escapa desses ataques mesmo no ar.

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Aviões-robô da Força Aérea americana são infectados por vírus

Por Redação do IDG Now!

Publicada em 07 de outubro de 2011 às 16h39
Atualizada em 08 de outubro de 2011 às 21h14

De acordo com reportagem da revista Wired, drones Predator e Reaper foram contaminados com um malware que registrou os comandos enviados pelos militares.

Um vírus de computador infectou o cockpits dos aviões não-tripulados (drones) Predator e Reaper, registrando todos os comandos enviados para essas naves, usadas em missões de combate no Afeganistão, Iraque e outros lugares.
Segundo reportagem da Wired, o vírus, detectado há quase duas semanas pelos militares, não impediu as operações no exterior. Também parece não ter havido vazamento de dados. No entanto, o malware tem resistido ao esforço para limpá-lo do computadores da base da Força Aérea Creech, em Nevada (EUA).
Predator
Avião-robô Predator, controlado remotamente
"A gente o remove, mas ele continua voltando", disse uma fonte familiarizada com a infecção à revista. "Achamos que é benigno, mas simplesmente não sabemos."
Especialistas em segurança de redes militares não têm certeza se o vírus foi introduzido intencionalmente ou por acidente – pode tratar-se de um malware comum que se infiltrou pela rede. Eles também não sabem o quão longe a praga se espalhou. Mas é certo que a infecção atingiu máquinas que guardam dados comuns e outras com informações secretas. Logo, em tese, pode ser que segredos militares tenham sido enviados para o exterior.
Os chamados drones são controlados à distância, e permitem atacar e espionar inimigos sem arriscar soldados. Desde que Obama assumiu a presidência dos EUA, uma frota com cerca de 30 aviões destes, dirigida pela CIA,  atacou alvos no Paquistão mais de 230 vezes; ao todo, mataram mais de 2.000 supostos militantes e civis, de acordo com o jornal Washington Post.
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Mais de 150 Predator e Reaper, sob controle da Força Aérea, voam no Afeganistão e no Iraque. Drones foram usados em 92 ataques na Líbia, entre meados de abril e final de agosto.
Mas, apesar dessa importância estratégica, os sistemas dos drones são conhecidos por falhas de segurança. Muitos não codificam o vídeo enviado para as tropas em terra. Em 2009, os EUA descobriram "dias e dias e horas e horas" de filmagens em laptops de insurgentes iraquianos. Um software de 26 dólares permitiu a eles gravar as transmissões.
Drives externos
A maioria das missões dos drones são comandadas na base de Creech, no deserto de Nevada, a partir de salas chamadas GCS - Estação de Controle em Terra.
Teoricamente, nenhuma das naves está conectada à Internet pública, portanto, imune às ameaças da rede.
No entanto, o uso de drives removíveis acabou resultando na infecção de redes militares por vírus. Em 2008, por exemplo, milhares de máquinas do Departamento de Defesa foram contaminadas com o worm agent.btz, introduzido por um pendrive contaminado. Três anos depois, o Pentágono ainda está limpando o malware.
As equipes dos drones usam HDs externos para fazer updates nas naves e transportar os vídeos. Ao que tudo indica, foi por aí que o vírus entrou. Agora, estão todos proibidos de usar esses drives removíveis.
Técnicos estão tentando se livrar do vírus, mas não tem sido fácil, diz a reportagem. No início, seguiram instruções de remoção publicadas no site da Kaspersky. "Mas sempre volta", disse uma fonte à revista. O jeito foi usar uma ferramenta para formatar os HDs dos controladores, e recomeçar tudo do zero.
A Força Aérea dos EUA não quis comentar o assunto. "Está dando muita atenção a ele", disse a fonte. "Mas ninguém está em pânico. Ainda. "

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