ISTOÉ Online
| 03.Out.11 - 18:19
| Atualizado em 03.Out.11 - 21:52
O desmatamento da Amazônia Legal em agosto teve o menor índice da
história para o mês, informou nesta segunda-feira o Ministério do Meio
Ambiente, que também revisou para cima o montante desmatado no período
de agosto de 2009 a julho de 2010.
Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgados pela pasta, o desmatamento em agosto somou 164 km², menor área verificada para o mês desde o início das medições pelo sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), do Inpe, em 2004.
Em comparação a agosto de 2010, houve uma redução de 38%, informou o ministério. "É a menor taxa de desmatamento da história (para agosto)", disse a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. De acordo com ela, o resultado pôde ser alcançado após aumento da fiscalização, provocado por uma elevação acentuada no desmatamento nos meses de março e abril deste ano, período em que historicamente a destruição da floresta é menor.
O ministério também revisou para cima os dados consolidados do desmatamento da Amazônia entre agosto de 2009 e julho de 2010, de 6.451 km², para 7 mil km². Agosto de um ano a julho do ano seguinte é o período apontado por especialistas como o ano-calendário para a medição consolidada do desmatamento da Amazônia, apurada pelo Programa de Cálculo do Desflorestamento da Amazônia (Prodes), também do Inpe.
Enquanto o Deter apura o desmatamento em tempo real e é divulgado mês a mês, auxiliando os trabalhos de fiscalização do governo, o Prodes dá uma indicação mais precisa para o acumulado em 12 meses. Apesar da revisão para cima, o desmatamento apurado no período 2009/2010 é o menor desde o início das medições do desmatamento consolidado, em 1988. O resultado equivale a uma redução de 6,2% em relação ao medido entre 2008 e 2009.
De acordo com o ministério, o número inicial de 6.451 km² era uma estimativa apurada baseada em um número menor de imagens colhidas por satélites, já o dado revisado leva em conta um número maior de imagens. A ministra exaltou os dados e voltou a dizer que o país cumpre com certa tranquilidade as metas assumidas junto à Organização das Nações Unidas (ONU), de redução voluntária de emissão de gases do efeito estufa. O desmatamento é o principal responsável pelas emissões brasileiras desses gases, que contribuem para o aquecimento global.
"A gente está realmente cumprindo o proposto e com uma folga. Estamos trabalhando duramente para cumprir as metas", disse a ministra. Izabella mostrou-se otimista com as medições dos próximos meses e o resultado completo de 2010 a 2011, que deve ser divulgado até o final deste ano. "Eu estou muito esperançosa. A tendência é de queda, os dados são bastante positivos."
Ainda segundo a ministra, o gabinete de crise instalado em maio deste ano - após o pico do desmatamento entre março e abril - e as medidas tomadas pelo governo com operações em campo para inibir a derrubada de florestas têm um reflexo nos resultados divulgados nesta segunda-feira.
As medições apontaram também uma mudança no perfil das áreas desmatadas. Enquanto houve uma redução de grandes desmatamentos de 2002 a 2010, as pequenas áreas devastadas se mantém praticamente estáveis neste período. O resultado demonstra que há uma pulverização dos pequenos desmatamentos, algo mais difícil de se combater, de acordo com o diretor do Inpe, Gilberto Câmara.
Desmatamento na Amazônia é o menor para agosto
De acordo com dados do Inpe, redução é de 38% na comparação com o mesmo mês no ano passado
TerraSegundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgados pela pasta, o desmatamento em agosto somou 164 km², menor área verificada para o mês desde o início das medições pelo sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), do Inpe, em 2004.
Em comparação a agosto de 2010, houve uma redução de 38%, informou o ministério. "É a menor taxa de desmatamento da história (para agosto)", disse a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. De acordo com ela, o resultado pôde ser alcançado após aumento da fiscalização, provocado por uma elevação acentuada no desmatamento nos meses de março e abril deste ano, período em que historicamente a destruição da floresta é menor.
O ministério também revisou para cima os dados consolidados do desmatamento da Amazônia entre agosto de 2009 e julho de 2010, de 6.451 km², para 7 mil km². Agosto de um ano a julho do ano seguinte é o período apontado por especialistas como o ano-calendário para a medição consolidada do desmatamento da Amazônia, apurada pelo Programa de Cálculo do Desflorestamento da Amazônia (Prodes), também do Inpe.
Enquanto o Deter apura o desmatamento em tempo real e é divulgado mês a mês, auxiliando os trabalhos de fiscalização do governo, o Prodes dá uma indicação mais precisa para o acumulado em 12 meses. Apesar da revisão para cima, o desmatamento apurado no período 2009/2010 é o menor desde o início das medições do desmatamento consolidado, em 1988. O resultado equivale a uma redução de 6,2% em relação ao medido entre 2008 e 2009.
De acordo com o ministério, o número inicial de 6.451 km² era uma estimativa apurada baseada em um número menor de imagens colhidas por satélites, já o dado revisado leva em conta um número maior de imagens. A ministra exaltou os dados e voltou a dizer que o país cumpre com certa tranquilidade as metas assumidas junto à Organização das Nações Unidas (ONU), de redução voluntária de emissão de gases do efeito estufa. O desmatamento é o principal responsável pelas emissões brasileiras desses gases, que contribuem para o aquecimento global.
"A gente está realmente cumprindo o proposto e com uma folga. Estamos trabalhando duramente para cumprir as metas", disse a ministra. Izabella mostrou-se otimista com as medições dos próximos meses e o resultado completo de 2010 a 2011, que deve ser divulgado até o final deste ano. "Eu estou muito esperançosa. A tendência é de queda, os dados são bastante positivos."
Ainda segundo a ministra, o gabinete de crise instalado em maio deste ano - após o pico do desmatamento entre março e abril - e as medidas tomadas pelo governo com operações em campo para inibir a derrubada de florestas têm um reflexo nos resultados divulgados nesta segunda-feira.
As medições apontaram também uma mudança no perfil das áreas desmatadas. Enquanto houve uma redução de grandes desmatamentos de 2002 a 2010, as pequenas áreas devastadas se mantém praticamente estáveis neste período. O resultado demonstra que há uma pulverização dos pequenos desmatamentos, algo mais difícil de se combater, de acordo com o diretor do Inpe, Gilberto Câmara.
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