domingo, 9 de outubro de 2011

É o Amazonas que se cuide pois esta muito bem arrumado e o povo de lá que abra o olho pois a arapuca esta solta e vai sobrtar para todos por lá.

Eduardo, Omar e Amazonino são os donos das jogadas para as eleições de 2012

Balanço das filiações partidárias mostra que o jogo político-eleitoral está nas mãos de Braga, Amazonino e Omar

Eduardo Braga, Omar Aziz e Amazonino Mendes
Eduardo Braga, Omar Aziz e Amazonino Mendes (Fotomontagem - Arquivo AC )
As siglas dos caciques Omar Aziz (PSD),  Eduardo Braga (PMDB) e Amazonino Mendes (PDT) saíram fortalecidas no primeiro ensaio para as Eleições 2012 e 2014, que foi as filiações partidárias cujo prazo encerrou na sexta (7). Já a oposição  sai desse processo ainda mais atrofiada em Manaus e no interior do Estado.
O PMDB manteve a hegemonia no interior com o controle de 23 prefeituras; quatro deputados federais na Assembleia Legislativa do Estado (ALE); e um senador. Perdeu o único deputado federal, Átila Lins.
Em cinco meses, o PSD se tornou a segundo força política quando se considera mandatos eletivos: filiou 17 prefeitos do interior; cinco deputados estaduais (tornado-se a maior bancada na ALE-AM); e cinco vereadores na Câmara Municipal de Manaus (CMM). Toda a força da sigla se deve ao líder dela no Estado, o governador Omar Aziz. O mesmo fenômeno de filiações ocorreu quando Eduardo Braga, ainda no primeiro mandato, trocou o PPS pelo PMDB.
O prefeito Amazonino Mendes que estava isolado, retomou as rédeas do jogo de poder partidário ao entrar no PDT e arrastar com ele seis vereadores da CMM e, possivelmente, cinco prefeituras do interior, conforme indicou ontem o secretário-geral da sigla, Dermílson Chagas. Amazonino conta ainda com o interesse manifestado por outras siglas: o PT e PPS, do vereador Hissa Abraão que teve expressiva votação em 2010 quando disputou o cargo de governador do Estado.
O PR do senador Alfredo Nascimento ficou esvaziado no interior e o pré-candidato à Prefeitura de Manaus, Henrique Oliveira, demonstra pouco ânimo com a eleição. A sigla vive um revés. Há um ano, Alfredo negociava junto com o Planalto palanque único no Estado na disputa pelo Governo do Amazonas.
 O PMN, que declarou oposição ao governador Omar, ante o mandatário do partido, conta agora com um prefeito.  O PSDB do senador derrotado em 2010, Artur Virgílio Neto, tem duas prefeituras, um deputado estadual e um vereador com a entrada de Mário Frota que deixou o PDT revoltado com a entrada de Amazonino na sigla. O PSB de Serafim Corrêa está animado com 2012. Mas indica tendência de disputar o pleito com uma chapa puro sangue, sem alianças.
A configuração de 2012 e o apoio do governador Omar Aziz influenciarão diretamente nas Eleições de 2014. Isso porque o governador não poderá disputar o mesmo cargo por ter assumido o final do mandato de Braga e já estar na reeleição. Outro detalhe é o fato de Omar manifestar publicamente gratidão política por   Amazonino, Braga e Arthur Neto - todos aparentemente de ninhos diferentes.
 “Oposição sem espaço”
Tanto o governador do Amazonas, Omar Aziz, com a criação do PSD, quanto o prefeito Amazonino Mendes, com a ida para o PDT, estão fortalecidos. As duas lideranças terão condições de fazer grandes bancadas na Câmara Municipal de Manaus (CMM) e até mesmo de ganhar a Prefeitura de Manaus.
O resultado das Eleições de 2012 em Manaus vai passar pelo apoio de Omar Aziz. O apoio dele será decisivo ao longo da campanha. A disputa eleitoral do ano que vem tem dois grandes candidatos: o prefeito Amazonino Mendes (PDT) e o senador Eduardo Braga (PMDB). Aquele que receber o apoio do governador terá grandes chances de sair vitorioso.
Com siglas como o PCdoB e o PT dentro do Governo do Estado e da Prefeitura de Manaus, a oposição tradicional no Amazonas está anulada. O PSDB, de Artur Neto, deve tentar se opor a Amazonino, mas tem um espaço limitado hoje. Os governos têm um número grande de alianças, o que acaba não deixando espaço à oposição. O que pode favorecer a oposição na corrida eleitoral é uma mudança na conjuntura econômica. Como, por exemplo, a subida da inflação”.
Dificuldade para conciliar interesses
Mesmo sem a garantia de que uma aliança em torno de um candidato resultaria em sucesso, a dificuldade para conciliar interesses torna ainda mais limitada a ação dos partidos de oposição em 2012, avalia o analista político Afrânio Soares, presidente da Action Pesquisas de Mercado.
No dia 4 deste mês, o PSDB do ex-senador Artur Neto realizou evento de filiação em massa em Manaus. No teor do discurso do líder tucano, estava a intenção de entrar na briga pela Prefeitura de Manaus em 2012, e pelo Governo do Estado, em 2014. À oposição, Artur propôs união e definição de uma proposta comum para a cidade.
Para Afrânio, apesar das conversas abertas para alianças entre PSDB, PSB e PPS, é difícil o ex-prefeito Serafim Corrêa e o vereador Hissa Abrahão desistirem de disputar a Prefeitura de Manaus. “Se o Braga vier, tem mais possibilidade do blocão de oposição acontecer. Mas, as chances seriam reduzidas”, afirmou.
O Serafim manifesta interesse em participar do pleito, defendendo que seria o desempate na disputa dele contra Amazonino. Hissa, que ganhou projeção em 2010, é o candidato do PPS. “Ele (Hissa) deve ser candidato. Até para projetar o nome para disputar em 2014 vaga na ALE-AM”, disse Afrânio.
Eduardo Braga
 “Não tenho nada contra o cidadão Amazonino Mendes. Mas não consigo subir num palanque para defender essa administração que está aí e nem vejo essa disposição no PMDB”, a declaração foi dada pelo senador Eduardo Braga, ontem, ao ser questionado da análise de conjuntura feita pela oposição de que ele, Omar Aziz e Amazonino irão subir mais uma vez no mesmo palanque no ano que vem.
Preocupado em deixar claro que PSD e PMDB estão juntos, Braga anunciou que os dois partidos vão lançar candidatos em praticamente todos os municípios. “Me ausentei para deixar o governador absolutamente a vontade. Tivemos um entendimento, uma combinação. Eu cumpri a minha parte, ele (Omar) cumpriu a dele”, declarou.
Braga negou que o PMDB tenha tido que traçar qualquer estratégia para evitar a migração de prefeito par ao PSD. “As baixas que tivemos foram situações absolutamente pontuais“.
Reestruturação das forças
Com a entrada de Amazonino Mendes no PDT, o partido passou a reunir a maior bancada na Câmara Municipal de Manaus (CMM). A sigla começou a legislatura, pós-Eleições 2008, com um parlamentar: Mário Frota. Após a chegada do prefeito na legenda, seis vereadores rumaram para o lado do chefe do Poder Executivo: Luiz Alberto Carijó, Marise Mendes, Wilton Lira, Dr. Denis, Francisco da Jornada e Gilmar Nascimento.
Já para o PSD do governador Omar Aziz migraram quatro vereadores: Leonel Feitoza, Dr. Gomes, Glória Carrate, Luiz Mitoso e Isaac Tayah, que é o presidente da CMM. Com as mudanças, a nova sigla fica com a segunda bancada no parlamento municipal.
A principal vítima do troca-troca de partido na CMM foi o PTB, sigla comandada regionalmente pelo deputado federal Sabino Castelo Branco. Cinco vereadores que migraram de legenda esta semana pertenciam à bancada petebista. Quatro deles trocaram o partido pelo PDT de Amazonino, a quem o deputado agora faz oposição.
Das seis vagas que o PTB tinha na CMM, restou um: o do vereador Reizo Castelo Branco, dirigente municipal da sigla, e filho de Sabino Castelo Branco. Pai e filho afirmaram disseram que vão à Justiça Eleitoral brigar pelos mandatos dos infieis.
O PSDB, que não tinha representação na CMM, ganhou duas cadeiras: Mário Frota, que após a ida de Amazonino para o PDT abandonou a sigla; e Paulo De Carlli, que deixou o PRTB e promete abandonar o mandato.
O Partido Pátria Livre (PPL), criado no último dia 4, também provocou mudanças na CMM. Foram para a nova sigla a vereadora Mirtes Sales (ex-PP) e o vereador licenciado (ex-PMDB).

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