sábado, 25 de janeiro de 2014

É uma pena mais que podemos fazer?????

Cortes no orçamento ameaçam missão da Nasa em Saturno

Kenneth Chang
The New York Times

  • Nasa/AP
    Foto do planeta Saturno, capturada em julho do ano passado pela sonda espacial Cassini Foto do planeta Saturno, capturada em julho do ano passado pela sonda espacial Cassini
 Uma década após entrar na órbita de Saturno, a venerável espaçonave Cassini, da Nasa, ainda está funcionando – muito além dos quatro anos de ciência que a agência espacial esperava conseguir. Porém, a nave está com pouco combustível de manobra, e seus gestores querem acabar com um estrondo científico – um cronograma ambicioso, que inclui 22 órbitas por uma abertura entre o planeta e seu anel mais interno antes de enviá-la a um mergulho para a morte em Saturno em 2017.
Há vários meses, no entanto, cientistas temem que a Nasa, financeiramente oprimida como o restante do governo americano, possa encerrar a missão mais cedo.
Nesta primavera no Hemisfério Norte, funcionários da agência irão conduzir uma revisão (como fazem a cada dois anos) das aeronaves que ultrapassaram suas missões originais. Para o ano fiscal de 2015, que começa em 1º de outubro, a Nasa terá escolhas particularmente difíceis.
Missões estendidas
A sonda de marte Curiosity, que custará US$ 67,6 milhões para operar neste ano, deve completar sua missão principal de dois anos em junho, e o dinheiro para prosseguir trabalhando virá de fundos dedicados a "missões estendidas". Para este ano, essa quantia é de US$ 140 milhões, o que inclui US$ 52,2 milhões para a Cassini. Outras missões estendidas incluem a espaçonave Messenger, em Mercúrio, a sonda Opportunity, em Marte, e a sonda Mars Reconnaissance Orbiter.
"Esta será uma competição muito interessante", declarou James Green, diretor da divisão de ciência planetária da agência, ao subcomitê do conselho consultivo da Nasa há alguns meses. "Temos duas missões principais bastante caras, a Cassini e a Curiosity, que são caras de operar mesmo em uma fase de missão prolongada, junto a muitas de nossas outras missões, que estão fazendo uma ciência enorme a baixo custo e, portanto, teremos que ser bastante minuciosos em relação a essa competição em particular".
Ninguém espera que a Nasa desative a Curiosity, que só chegará ao seu destino científico principal mais tarde neste ano, levantando temores de que a Cassini estaria no bloco de corte. Linda J. Spilker, sua cientista de projeto, declarou simplesmente: "Estou esperançosa de que tudo dará certo".
Mais recentemente, Green disse aos cientistas que a percepção de Cassini contra Curiosity era imprecisa, e que as equipes poderiam reduzir o custo e o escopo das missões estendidas. A Nasa também poderia utilizar outros fundos para pagar pelas duas missões, mas isso poderia ter outras consequências – como atrasar futuros projetos.
"Tudo isso é parte do processo. Estou pedindo que os cientistas não surtem, que não se preocupem com coisas que não podem controlar", afirmou Green durante uma entrevista.
A administração Obama, que propôs grandes cortes no orçamento de Ciências Planetárias nos últimos dois anos, também pode pedir por mais dinheiro para 2015.
"A administração segue comprometida em operar as missões pioneiras da Cassini e Curiosity, desde que elas continuem sendo analisadas nessas rigorosas revisões", declarou Phillip Larson, conselheiro de políticas espaciais da Casa Branca. "Se mantivermos uma delas ativa, isso não significa que precisaremos cancelar a outra".
A proposta orçamentária do governo deve ser divulgada no final de fevereiro ou início de março.

Veja o resto da fotos no link abaixo:

  http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/redacao/2014/01/25/cortes-no-orcamento-ameacam-missao-da-nasa-em-saturno.htm#fotoNav=1

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