Falhas em obras provocam a derrocada do arquiteto Santiago Calatrava
Enquanto despencam pedaços da cobertura de azulejos da Ópera de
Valencia, forçando há duas semanas a interdição do prédio desenhado pelo
espanhol Santiago Calatrava, autoridades de Veneza também cobram
valores do arquiteto por problemas na ponte da Constituição.
Na cidade italiana, R$ 1,5 milhão já foi gasto para reparar falhas na estrutura da ponte, que consumiu R$ 36 milhões até sua conclusão, há seis anos, três vezes o valor do primeiro orçamento.
Em Valencia, onde Calatrava nasceu, a prefeitura diz que "é problema dele" a conta de R$ 9,6 milhões para refazer a cobertura do Palácio das Artes, inaugurado há oito anos a um custo de R$ 1,5 bilhão -o arquiteto ganhou R$ 302 milhões pelo projeto.
Esses são só os capítulos mais recentes da derrocada de Calatrava, que responde a processos no resto da Espanha e da Europa por falhas estruturais e de planejamento em seus megaprojetos.
Ele constrói agora, no Rio, o Museu do Amanhã, que também já teve um salto de R$ 130 milhões para R$ 215 milhões no orçamento -gestores da obra se recusam a divulgar quanto o arquiteto recebeu pelo projeto executivo.
Dois anos depois de quando deveria ter sido concluído, menos da metade da obra na zona portuária está pronta, adiando a entrega para 2015.
Em nota à Folha, a Prefeitura do Rio, que desenvolve o projeto do museu em parceria com a Fundação Roberto Marinho, afirmou ter "uma boa relação" com o arquiteto e que o aumento do orçamento se deve a obras de reforço nas fundações do terreno, que não estavam previstas.
É um problema semelhante ao da construção da estação de trens no marco
zero de Nova York, obra que está sete anos atrasada por causa da
complexidade das escavações no local e custará R$ 9,4 bilhões,o dobro do
previsto.
Detratores de Calatrava, aliás, ressaltam que a falta de planejamento é recorrente em seus projetos. No caso de Valencia, especialistas afirmam que as variações de temperatura na cidade mediterrânea causariam, sem dúvida, as rachaduras que afetam sua cobertura de mosaico.
Calatrava, por enquanto, sugeriu que fosse removido o revestimento de azulejos para instalar no lugar um telhado de placas de alumínio.
Outras medidas paliativas vêm sendo tomadas em obras com problemas, como a ponte -escorregadia demais- construída com tijolos de vidro em Bilbao, agora coberta com tapetes de borracha.
No resto da Espanha, Calatrava enfrenta uma série de problemas. Em Oviedo, a Justiça pede que ele pague
R$ 10,6 milhões de indenização pelo desabamento de um centro de conferências. Na região de Ávala, uma vinícola quer reaver R$ 6,4 milhões em prejuízos causados por um vazamento no telhado.
Na cidade italiana, R$ 1,5 milhão já foi gasto para reparar falhas na estrutura da ponte, que consumiu R$ 36 milhões até sua conclusão, há seis anos, três vezes o valor do primeiro orçamento.
Em Valencia, onde Calatrava nasceu, a prefeitura diz que "é problema dele" a conta de R$ 9,6 milhões para refazer a cobertura do Palácio das Artes, inaugurado há oito anos a um custo de R$ 1,5 bilhão -o arquiteto ganhou R$ 302 milhões pelo projeto.
Esses são só os capítulos mais recentes da derrocada de Calatrava, que responde a processos no resto da Espanha e da Europa por falhas estruturais e de planejamento em seus megaprojetos.
Ele constrói agora, no Rio, o Museu do Amanhã, que também já teve um salto de R$ 130 milhões para R$ 215 milhões no orçamento -gestores da obra se recusam a divulgar quanto o arquiteto recebeu pelo projeto executivo.
Dois anos depois de quando deveria ter sido concluído, menos da metade da obra na zona portuária está pronta, adiando a entrega para 2015.
Em nota à Folha, a Prefeitura do Rio, que desenvolve o projeto do museu em parceria com a Fundação Roberto Marinho, afirmou ter "uma boa relação" com o arquiteto e que o aumento do orçamento se deve a obras de reforço nas fundações do terreno, que não estavam previstas.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
Detratores de Calatrava, aliás, ressaltam que a falta de planejamento é recorrente em seus projetos. No caso de Valencia, especialistas afirmam que as variações de temperatura na cidade mediterrânea causariam, sem dúvida, as rachaduras que afetam sua cobertura de mosaico.
Calatrava, por enquanto, sugeriu que fosse removido o revestimento de azulejos para instalar no lugar um telhado de placas de alumínio.
Outras medidas paliativas vêm sendo tomadas em obras com problemas, como a ponte -escorregadia demais- construída com tijolos de vidro em Bilbao, agora coberta com tapetes de borracha.
No resto da Espanha, Calatrava enfrenta uma série de problemas. Em Oviedo, a Justiça pede que ele pague
R$ 10,6 milhões de indenização pelo desabamento de um centro de conferências. Na região de Ávala, uma vinícola quer reaver R$ 6,4 milhões em prejuízos causados por um vazamento no telhado.
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