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• atualizado às 09h45
Nova explosão solar pode causar tempestade geomagnética na Terra
Uma grande erupção solar foi registrada nesta semana e as partículas eletromagnéticas estão chegando à Terra. Por enquanto, especialistas descartam grandes transtornos em satélites ou no abastecimento energético
Foi no dia 13 de março de 1989 que uma tempestade solar
paralisou completamente uma rede elétrica na província de Quebec, no
Canadá. Seis milhões de pessoas ficaram no escuro por nove horas. A pane
foi causada por partículas que partiram do Sol durante a tempestade e
pararam na Terra, e que provocaram alterações no campo magnético do
planeta.
Desta vez, as consequências não devem ser tão
dramáticas, informou o Centro Alemão de Pesquisa de Geociências da
Associação Helmholtz, situado em Potsdam. Na noite desta quinta-feira
(09/01), acontenceu o ápice do bombardeio de partículas. Um pouco ante
da chegada da tempestade solar, pesquisadores afirmaram que as variações
no campo magnético estavam moderadas.
Inversão magnética
Mas não se escapa tão facilmente de uma erupção solar forte. "Se o campo magnético gerado pela tempestade solar corresponde ao campo magnético e as correntes da Terra, então ocorrem interações", explica Klaus Börger, do Centro de Operações Espaciais, que atua em parceria com o Centro Aeroespacial Alemão e as Forças Armadas. As cargas podem seguir adiante e queimar transformadores elétricos em subestações, uma vez que as linhas de energia funcionam como antenas gigantes.
Mas não se escapa tão facilmente de uma erupção solar forte. "Se o campo magnético gerado pela tempestade solar corresponde ao campo magnético e as correntes da Terra, então ocorrem interações", explica Klaus Börger, do Centro de Operações Espaciais, que atua em parceria com o Centro Aeroespacial Alemão e as Forças Armadas. As cargas podem seguir adiante e queimar transformadores elétricos em subestações, uma vez que as linhas de energia funcionam como antenas gigantes.
Erupções violentas do sol – as chamadas ejeções de massa
coronal – acontecem sempre. Na sequência, uma nuvem de radiação cósmica
viaja em direção à Terra e chega ao planeta em poucos dias. Quedas de
energia como a que ocorreu em Quebec são raras, mas podem ocorrer
problemas em sistemas de navegação por satélite ou em rádios.
Börger explica que uma tempestade solar lança uma grande
quantidade de elétrons e prótons. As fortes tempestades
eletromagnéticas podem provocar falhas no abastecimento de energia e
afetar outros sistemas elétricos. Vôos também podem ser desviados para
evitar esses eventos.
Sol funciona como uma usina nuclear
O sol tem 1,4 milhão de quilômetros de diâmetros. Em seu interior, as temperaturas alcançam milhões de graus Celsius. Esse calor é gerado pela fusão nuclear, na qual milhões de toneladas de hidrogênio se fundem em hélio. As explosões ocorrem quando a energia acumulada nos campos magnéticos é liberada de repente.
O sol tem 1,4 milhão de quilômetros de diâmetros. Em seu interior, as temperaturas alcançam milhões de graus Celsius. Esse calor é gerado pela fusão nuclear, na qual milhões de toneladas de hidrogênio se fundem em hélio. As explosões ocorrem quando a energia acumulada nos campos magnéticos é liberada de repente.
Três formas de radiação são liberadas. Logo após a
explosão solar, há uma descarga de luz, que leva cerca de oito minutos
para percorrer os 150 milhões de quilômetros até chegar à Terra. Depois
de meia hora, partículas magnéticas carregadas com bilhões de volts
atingem a atmosfera terrestre. Só então vem a tempestade magnética. As
partículas disparadas viajam a uma velocidade de 900 quilômetros por
segundo e precisam de 46 horas para cobrir a distância.
Tempestades solares representam uma ameaça à
infraestrutura, que depende cada vez mais de satélites, cada mais
sensível às mudanças dos campos eletromagnéticos que os cercam.
Satélites que controlam sistemas de navegação por GPS em sistemas de
logística, indispensáveis na navegação e aviação, são especialmente
suscetíveis às atividades solares.
Influência dos campos eletromagnéticos
Börger, que também é professor de Astronomia, Física e Matemática Geodésica da Universidade de Bonn, explica que os satélites enviam informações para a Terra a uma distância de cerca de 20 mil quilômetros. "Entre mil e 50 quilômetros de altitude eles percorrem a ionosfera e isso influencia na direção e velocidade do sinal".
Börger, que também é professor de Astronomia, Física e Matemática Geodésica da Universidade de Bonn, explica que os satélites enviam informações para a Terra a uma distância de cerca de 20 mil quilômetros. "Entre mil e 50 quilômetros de altitude eles percorrem a ionosfera e isso influencia na direção e velocidade do sinal".
Receptores de GPS determinam sua posição a partir do
sinal de pelo menos quatro satélites. "Pelo tempo de viagem do sinal
multiplicado pela velocidade da luz eles calculam a distância até o
satélite", conta Börger. Entretanto, a distorção do campo
eletromagnético da ionosfera pode alterar o intervalo. "Isso pode,
dependendo da matéria iônica, apresentar desvios significativos que
provocam a falha no GPS", explica o cientista.
Um pico a cada onze anos
Já em 1843 o astrônomo Samuel Heinrich Schwabe descobriu que a atividade solar segue certos ciclos. Aproximadamente a cada onze anos ocorre um ponto de maior atividade. Mas a erupção mais recente está alguns meses atrasada.
Já em 1843 o astrônomo Samuel Heinrich Schwabe descobriu que a atividade solar segue certos ciclos. Aproximadamente a cada onze anos ocorre um ponto de maior atividade. Mas a erupção mais recente está alguns meses atrasada.
As auroras polares ocorrem porque a radiação cósmica
deforma o campo magnético da Terra durante as tempestades solares. As
partículas carregadas pelos ventos solares são levadas ao longo da linha
do campo magnético em direção aos polos, onde formam faixas de luz ou
laços de cores variadas. Embora as auroras polares sejam observadas com
mais frequência acima do circulo polar, é possível acompanhar o fenômeno
em outros países mais ao sul como a Grã-Bretanha ou a Alemanha.
A agência espcial norte-americana Nasa acompanha as
atividades solares de doze satélites, observatórios e espaçonaves. Um
equipamento especial instalado em uma sonda lunar ajuda nesse trabalho: o
Telescópio de Raios Cósmicos para os Efeitos da Radiação (Crater, em
inglês).
A tempestade solar mais forte já documentada ocorreu em
1859. Especialistas alertam que se ocorresse outra super erupção como
aquela, a infraestrutura poderia ser paralisada em boa parte do mundo em
poucos minutos.
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Um acidente geográfico conhecido como "mesa" se
ergue até um nível semelhante ao das planícies circundantes no centro do
Hebes Chasma, uma isolada estrutura em Marte. A Agência Espacial
Europeia (ESA, na sigla em inglês) divulgou um mosaico com oito imagens
que mostram a área em mais detalhes do que quaisquer outros registros
feitos até então
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Parte de terreno em formato de ferradura domina
um dos lados da estrutura. A imensa rede de cânions nos arredores contém
"cicatrizes" que revelam a antiga história do Planeta Vermelho
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Mosaico divulgado pela ESA mostra em detalhes o Hebes Chasma, em Marte
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Mapa topográfico mostra relação entre altura e
profundidade de características dentro e nos arredores do Hebes Chasma.
As cores branco e vermelho mostram os terrenos mais altos, enquanto azul
e roxo representam os mais profundos
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Esse chasma (na imagem, em três dimensões) tem
quase oito quilômetros de profundidade e se estende por 315 quilômetros
na direção leste-oeste e 125 quilômetros de norte a sul no seu ponto
mais comprido longo
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Mapa mostra localização do Hebes Chasma, a
aproximadamente 300 quilômetros a norte do sistema de cânions Valles
Marineris. Sua origem é associada à região vizinha de Tharsis, onde se
encontra o maior vulcão do sistema solar: o Olympus Mons.
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• atualizado às 08h57
Leitores de revista registram "magia" da hora dourada do sol
Imagens publicadas pela National Geographic registram cidades, lagos, florestas e habitats de animais iluminados pela luz especial do nascer e do pôr do sol
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A revista National Geographic selecionou algumas
das melhores fotos que recebeu sobre o tema "Luz Dourada", expressão que
se refere à luz na hora depois que o sol nasce e antes de ele se pôr.
Eles registraram imagens em diversos lugares: de uma rua famosa em Paris
a um vale desértico no Estado americano do Utah. Lazar Ovidiu tirou
esta foto em Rodna, na Romênia.
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Esta imagem foi feita por Michael Bennett na ponte Golden Gate, em San Francisco.
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"Depois de três dias de tempestades de neve no
monte Baker, no Estado de Washington, eu atravessei a grossa camada de
neve até chegar a esta paisagem incólume do monte Shuksan durante o
nascer do sol", diz Joel Brady-Power.
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Esta foto de uma acácia e gnus pastando sob o pôr do sol na reserva de Masai Mara no Quênia foi feita por Florentina Tilvic.
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Esta foto feita por Jaromir Chalabala de uma
madrugada fria em Praga. A silhueta dos cisnes no rio Vltava aparece
envolta em neblina misteriosa.
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A foto de Sergiy Kadulin mostra o vulcão Klyuchevskoy, na Rússia, entrando em erupção no começo da manhã.
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"Este é um lugar bastante comum usado por
fotógrafos para retratar o nascer do sol", diz Nan Li Toh, na Suíça. "Eu
esperei até que o sol desaparecesse atrás do pico de Matterhorn e as
cores começaram a ficar mais quentes, o suficiente para eu fazer esse
retrato do lago Riffelsee e arredores".
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"O pôr do sol dá origem a uma luz mágica que dura
menos de cinco minutos", diz Mark Donougher, que fez esta foto no Vale
dos Monumentos, no Estado americano do Utah.
Sol em fúria: veja imagens de erupções na nossa estrela
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A imagem do dia 30 de março de 2010 mostra em
detalhe de uma erupção solar, formando o desenho de um anel. A foto foi
tirada pela espaçonave Solar Dynamics Observatory (SDO), uma das mais
avançadas já construídas para estudar o Sol
Veem tudo e muito mais no link abaixo.
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