domingo, 19 de janeiro de 2014

O Pais é tão lindo o que custa cuidar nada apenas uma questão de conciencia e nada mais, mais o ser humano não tem isto mesmo.

Área na Serra da Bocaina está à venda para preservação

Em Bananal (SP)
Na Serra da Bocaina, no meio do caminho entre São Paulo e Rio, um remanescente de Mata Atlântica está à venda. Não se trata de mais uma das histórias de desmatamento promovido pela especulação imobiliária que se tornaram notórias no bioma, em especial no litoral norte paulista, a partir da década de 1980. Quem comprar um lote ali não pode fazer condomínio de luxo, nem tampouco colocar gado, agricultura, pinus ou eucalipto. O comprador só tem uma opção: preservar a mata.
O projeto pioneiro de conservação foi idealizado pelo ex-empresário do ramo de seguros Ricardo Roquette-Pinto, hoje com 78 anos, que resolveu há uns 30 investir na preservação do bioma mais devastado do Brasil. Ele aprendeu meio na marra - com uma fazenda sem lá muito potencial produtivo que tinha comprado no município de Bananal -, que o melhor que ele tinha a fazer com aquela terra era deixar a vegetação remanescente tomar conta e aproveitar seus benefícios.
No início dos anos 2000, quando um terreno vizinho foi a leilão, ele resolveu comprá-lo e aplicar a mesma lógica. A área, de 1.100 hectares, conta a história de degradação da Mata Atlântica. Fora desmatada a partir dos anos 1950 e 1960 para servir de carvão vegetal em fornos de ferro gusa. Já nos 1970, foi comprada por uma madeireira, que recebeu incentivos do governo federal para plantar pinus e eucalipto. A empresa faliu, o local ficou abandonado, e Roquette-Pinto o arrematou em 2002. Em 8 anos, tirou as árvores de lá (250 mil toneladas de pinus e 68 mil toneladas de eucalipto) e deixou a floresta rebrotar.
Deu certo. A flora está em processo de recuperação e a fauna voltou. Uma onça é avistada de tempos em tempos, em um sinal de que o local está interligando remanescentes de floresta. Cortado por rios e nascentes, é importante produtor de água para o Rio e São Paulo e precisa da vegetação para manter esse serviço.



Desmatamento na Mata Atlântica7 fotos

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Minas é o campeão do desmatamento pela quarta vez consecutiva, sendo responsável pela metade da destruição da Mata Atlântica no período de 2011 a 2012, com total de 10.752 hectares do bioma perdidos ? o aumento na taxa de desmate no Estado foi de 70% comparado com o período anterior


Desmatamento na Mata Atlântica7 fotos

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O Ministério Público de Minas Gerais afirma que entrou com 3 ações penais ajuizadas pelo desmatamento da Mata Atlântica no Estado. As penas máximas são entre 6 anos e 6 meses e 15 anos e 6 meses de detenção. Segundo eles, as supressões são realizadas por grandes empreendimentos, a conduta ilícita de servidores públicos de órgãos ambientais possibilita a supressão indevida de Mata Atlântica, e a necessidade de revisão da política de supressão pelo Estado de Minas Gerais, além de apontar a ineficiência do aparato de fiscalização estatal


Desmatamento na Mata Atlântica7 fotos

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Na imagem, desmatamento em Minas Gerais. No Estado estão 5 das 10 cidades que mais desmataram, entre elas Novo Cruzeiro (2º), Itinga (4º), Águas Vermelhas (6º), Manga (8º) e Jequitinhonha (10º). Também fazem parte da lista São João da Barra (RJ, 1º), Pavussu (PI, 3°), Encruzilhada (BA, 9º), Julio Borges (PI, 7º) e Wanderley (BA, 5º)


Desmatamento na Mata Atlântica7 fotos

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O levantamento apresenta, pela primeira vez, os remanescentes florestais do Piauí,que totalizam 34% da área original no Estado protegida pelo Mapa da Área da Aplicação da Lei da Mata Atlântica (11428/2006)


Desmatamento na Mata Atlântica7 fotos

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O Piauí, monitorado pela primeira vez, perdeu 2.658 hectares entre 2012 e 2011 e já ficou com o terceiro lugar no ranking dos Estados com maior desmatamento


Desmatamento na Mata Atlântica7 fotos

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Os municípios com maior porcentagem de vegetação nativa estão no Piauí: Tamboril do Piauí e Guaribas mantêm 96% da área original de Mata Atlântica. Guaribas também é o município com a maior área de vegetação nativa: 176.794 hectares


Desmatamento na Mata Atlântica7 fotos

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Os dez municípios mais conservados são: Bom Jardim da Serra (SC), Caracol (PI), Guaribas (PI), Ilhabela (SP), Pedro de Toledo (SP), Santana de Pirapama (MG), São Joaquim (SC), São Sebastião (SP), Tamboril do Piauí (PI) e Urupema (SC)

'Com os burros n'água'
Roquette-Pinto brinca que deu literalmente com os burros n'água ao tentar tornar sua primeira propriedade na Bocaina em algo produtivo. No alto do morro, onde só se chega por meio de uma estrada de terra, sinuosa e esburacada, a partir de Bananal, o local não é propício para o plantio nem para gado, por causa da declividade. "Mas achei que conseguiria fazer dinheiro aqui", conta. "Já que o ambiente é tão rústico - pensei -, vou criar burro, que é rústico também, e poderia ter valor como animal de tração. Comprei uns jumentos e umas éguas. Só que o mercado de burro não é aqui, é no Nordeste, ninguém vem da Bahia para comprar burro aqui. Aí desisti."
"Me ocorreu que o que eu gostava daqui é entrar no mato. Como a carola que entra no Vaticano e diz 'meu Deus, que coisa mais linda'. É assim que eu me sinto. Quando comprei a outra fazenda, pensei: devem ter outros malucos como eu que vão querer preservar isso."
O projeto Águas da Bocaina se vale da ferramenta de Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), por meio da qual proprietários de terra que tenham áreas de mata se comprometem a mantê-las. No caso do projeto, em que as glebas têm cerca de 40 hectares, Roquette-Pinto estabelece por contrato que o uso ficará restrito a 2 hectares. O resto tem de transformar em RPPN. "Porque aí fica intocável, para o resto da vida." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.




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