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•atualizado em 11 de Janeiro de 2014 às 11h24
Carro do futuro vai estacionar sozinho por comando no celular
Fora do carro, o motorista ativa um aplicativo em seu smartphone ou qualquer objeto conectado e o carro procura sozinho a primeira vaga disponível para estacionar
Boas notícias para aqueles que detestam procurar uma
vaga ou abominam manobrar o carro: cientistas garantem que no futuro os
automóveis serão aptos a estacionar sozinhos.
Embora não haja ninguém dentro do Range Rover parado em
um estacionamento de Las Vegas, o carro se movimenta suavemente,
localiza uma vaga e começa a dar marcha à ré. Como se um fantasma
estivesse no volante, no meio da manobra, o carro parece hesitar por um
instante, volta a avançar um pouco e se posiciona melhor.
O sistema, denominado "motorista automático" funciona
"como um cérebro", disse Guillaume Devauchelle, vice-presidente
encarregado da inovação e do desenvolvimento científico da fabricante de
equipes automotores francês Valeo, que apresentou este protótipo no
âmbito do Salão Internacional de Eletrônica de Consumo (CES), celebrado
em Las Vegas até esta sexta-feira. "Funciona etapa por etapa, com certa
liberdade de decisão, e se adapta a todas as circunstâncias", destacou o
executivo, ressaltando que "até mesmo colocando-o novamente nas mesmas
condições, não agirá duas vezes da mesma forma".
A ideia é bastante simples. Fora do carro, o motorista
ativa um aplicativo em seu smartphone ou qualquer objeto conectado e o
carro procura sozinho a primeira vaga disponível para estacionar. No
momento desejado, reativa este aplicativo e "o automóvel voltará a
aguardá-lo na saída do estacionamento", explicou Devauchelle.
Para funcionar, o sistema não precisa de nenhum
equipamento específico no estacionamento, assegurou. Baseia-se apenas em
captores de ultrassom que já são usados em automóveis, como os radares
para ré, por exemplo. Só falta agregar alguns mais na parte da frente e
dos lados e acrescentar, se for o caso, câmeras para reconhecer locais
habilitados para portadores de necessidades especiais ou entradas de
garagem. "A ideia é tornar isto acessível ao maior número" de
consumidores, destacou Devauchelle, usando tecnologia não apenas
reservada a veículos de alto padrão, devido ao seu custo.
O setor automobilístico experimenta muito sobre o
conceito do carro autônomo. Já existem protótipos que se movem sem
motorista, mas a maioria dos esforços se orienta ao desenvolvimento de
tecnologias que melhorem pontualmente os automóveis que se comercializam
atualmente, com aplicativos como reguladores de velocidade, detectores
de fadiga ou a diminuição automática da intensidade dos faróis quando
cruzam com outro veículo.
Devauchelle enfatiza que isto vai além de um equipamento
de conforto: melhora a segurança ao reduzir os riscos de colisão e
"mantém a mobilidade de pessoas que não a teriam de outra forma. Por
exemplo, quando você é uma pessoa idosa, que sente dor ao movimentar a
cabeça e estacionar é muito difícil", acrescentou. "As manobras de
estacionamento são, segundo nosso conhecimento, as mais demandadas,
porque é mais difícil de fazer", destacou.
Valeo disse que três milhões de veículos já foram
comercializados com seu sistema de estacionamento semi-automático, que
permite por exemplo ao automóvel estacionar sozinho, mas ainda obriga o
motorista a permanecer frente no volante. O motorista totalmente
automático apresentado em Las Vegas é a próxima etapa. Em que prazo?
Isto dependerá de seus usos: por exemplo, será mais facilmente adaptável
para uma companhia de aluguel de carros, cujos estacionamentos estão
bastante padronizados, disse Devauchelle. Também será preciso fazer
evoluir uma regulamentação "bastante mal adaptada às tecnologias
eletrônicas", que exige que o motorista mantenha sem interrupção o
controle de seu carro, admitiu.
Veja sa fotos e tudo no link abaixo.
http://tecnologia.terra.com.br/,e5cd8a7cb5873410VgnCLD2000000ec6eb0aRCRD.html
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