terça-feira, 28 de janeiro de 2014

O Universo sempre será um mistério e a porta para se saber tudo o que aconteçe por aqui.

27/01/2014 - 23:20

Satélite nipo-americano estudará chuva e neve no mundo

Dados vão ajudar nos estudos sobre mudanças climáticas, recursos de água doce, inundações e secas

Imagem de satélite
Satélite com lançamento previsto para fevereiro vai monitorar formação de nuvens (Japan Meteorological Agency NOAA/Reuters)
Um novo satélite construído em conjunto pela Nasa e sua similar japonesa (Jaxa) terá a missão de estudar a chuva e a neve ao redor do mundo, anunciou a agência espacial americana nesta segunda-feira. Seu lançamento está previsto para fevereiro.
O Global Precipitation Measurement (GPM) vai ajudar os cientistas a monitorar a formação de nuvens e melhorar as previsões meteorológicas. A missão é "a primeira rede de satélites internacional a fornecer observações da chuva e da neve a cada três horas em qualquer lugar do globo", informou a Nasa. "Os dados serão usados por cientistas para estudar mudanças climáticas, recursos de água doce, inundações e secas, bem como a formação e o rastreamento de furacões", acrescentou.
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O satélite foi enviado de avião dos Estados Unidos para o Japão e seu lançamento está previsto para ocorrer no Centro Espacial Tanegashima, da Jaxa, em 27 de fevereiro, entre as 16h07 e as 19h07 de Brasília ou nas primeiras horas de 28 de fevereiro, horário do Japão, informou a Nasa.
O observatório orbitará a Terra a uma altitude de 407 quilômetros. Ele vai transportar o radar de precipitação de frequência dual, fabricado pelo Japão, e um captador de imagens de micro-ondas (GMI, na sigla em inglês), de fabricação americana. Cerca de dois meses depois do lançamento, seus dados serão transmitidos ao Centro Espacial Goddard, da Nasa, e distribuído online.

Os principais eventos astronômicos de 2014

 

Eclipse total da Lua

Um dos espetáculos mais bonitos esperados para este ano é o eclipse total da Lua, previsto para 15 de abril. A Lua vai entrar na região de sombra feita pela Terra, desaparecendo completamente do céu. O evento poderá ser observado em todo o Brasil, exceto o fim do espetáculo, quando a Lua reaparecer, pois já terá amanhecido por aqui.

O eclipse vai começar às 3h da manhã. Por volta das 4h, se inicia a fase total do eclipse, quando a Lua some atrás da sombra da Terra. Às 5h24, o satélite começa a sair da escuridão, e ressurge inteiramente às 6h33.

No dia 8 de outubro haverá outro eclipse total da Lua. Mas este terá início quando o dia estiver clareando para nós, por volta das 6 da manhã, de modo que a maior parte do território nacional não vai ver nada. Quem estiver no Amazonas, Acre, Roraima, Rondônia e em parte do Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará e Amapá pode conseguir observar o comecinho do evento.

Segundo Gustavo Rojas, astrofísico da Universidade Federal de São Carlos, apesar de comum, esse evento não ocorre anualmente, pois depende das configurações de ciclo da Terra, da Lua e do Sol. Em 2013, por exemplo, nenhum eclipse total lunar foi observado. Quando eles acontecem, costumam ser dois no mesmo ano.

Eclipses solares

Dois elipses solares estão previstos para 2014, mas eles poderão ser conferidos no Brasil apenas por fotos. O primeiro vai escurecer o céu da Austrália em pleno dia, em 29 de abril. Será um eclipse anular, fenômeno em que a Lua entra na frente do Sol e não o cobre totalmente, deixando um anel de luz ao seu redor. Isso acontece porque a Lua estará em um ponto mais distante da Terra, fazendo com que o satélite pareça menor para nós. À luz do dia, animais começarão a agir como se começasse a anoitecer e estrelas poderão ser vistas no céu.

O segundo eclipse solar, em 23 de outubro, será parcial, quando a Lua não fica exatamente na frente dele, e poderá ser visto apenas no Oceano Pacífico e no Alasca.

Chuvas de meteoros

Esses fenômenos anuais acontecem quando a Terra atravessa uma região que já foi (ou ainda é) trajeto de um cometa. Isso porque, ao se aproximar do Sol, o cometa perde matéria e deixa um rastro pelo caminho. Quando essa matéria entra na atmosfera da Terra e queima, ela se torna uma chuva de meteoros.

Os principais episódios vistos do Brasil serão Eta Aquarídeos, em 5 de maio; Delta Aquiarídeos, em 28 de julho; Orionídeos, em 22 de outubro; e Geminídeos, em 13 de dezembro. O fenômeno é visível a partir da meia-noite – antes do amanhecer é o melhor horário para avistá-lo – sempre na direção Leste.

Segundo Gustavo Rojas, é preciso olhar para o céu bastante tempo para avistar as chuvas, pois os meteoros podem aparecer em intervalos de tempo longos. Se a Lua iluminar o céu, a visão será prejudicada. As chuvas dos Eta Aquarídeos, em maio, e a dos Orionídeos, em outubro, ocorrem em virtude da passagem pelo rastro deixado pelo cometa Halley.

Planetas em oposição

Quando um planeta está em oposição em relação ao Sol, é o melhor momento para observá-lo. Aqui da Terra, conseguimos ver a oposição de Marte, Júpiter e Saturno, que ficam visíveis, cada um no seu período de oposição, durante toda a noite. Urano e Netuno, mesmo ficando mais brilhantes, não atingem o nível suficiente para serem vistos a olho nu, enquanto Mercúrio e Vênus, por estarem mais perto do Sol do que a Terra, nunca ficam em oposição para nós – embora ambos sejam normalmente visíveis.

Para observar um planeta em oposição, deve-se olhar, no começo da noite, na direção Leste, onde o Sol nasce. O ponto mais brilhante será o planeta. Marte fica em oposição no dia 8 de abril, e Saturno em 10 de maio. O período de oposição de Júpiter aconteceu no início desse ano, em 5 de janeiro. O fenômeno é mais visível duas semanas antes e depois da data fixada.

Cometa Siding Spring

O cometa esperado para 2014 não vai passar perto da Terra, mas de Marte. Trata-se do Siding Spring, que foi descoberto em 3 de janeiro de 2013 pelo astrônomo escocês-australiano Robert H. McNaught.

A princípio, pensava-se que ele poderia colidir com o planeta vermelho, mas a Nasa já considera essa hipótese praticamente descartada: em abril no ano passado, a chance de colisão foi estimada em uma para 120 000. A aproximação máxima do cometa a Marte está prevista para 19 de outubro, quando ele estará a 110.000 quilômetros do planeta. "Essa distância equivale a pouco mais de um terço da existente entre a Terra e a Lua. Nunca houve um cometa passando tão perto assim da Terra", explica Gustavo Rojas.

A passagem do Siding Spring pode envolver Marte em uma nuvem de poeira e pequenas rochas liberadas pelo cometa, o que pode provocar um efeito visual bonito, mas também causar danos aos equipamentos que orbitam o planeta vermelho, como a sonda Mars Orbiter, lançada em novembro do ano passado pela Organização de Pesquisas Espaciais da Índia e os robôs exploradores Opportunity e Curiosity.

Sonda Rosetta

O ano de 2014 prevê uma grande inovação para a ciência espacial: a sonda Rosetta, desenvolvida pela Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) vai realizar o primeiro pouso em um cometa. Em 20 de janeiro, Rosetta foi reativada, depois de 957 dias "hibernando" no espaço. Lançada em 2004, ela vai se aproximar em agosto do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko e, depois de analisar sua superfície, vai liberar a sonda Philae, que deve pousar na superfície do cometa em novembro deste ano. Rosetta vai acompanhar o cometa em sua viagem em direção ao Sol, para monitorar as mudanças que acontecerão no corpo celeste durante este trajeto, até que ele atinja o ponto mais próximo do Sol, em agosto de 2015. Por serem "sobras" da formação do nosso Sistema Solar, a composição dos cometas pode dar pistas importantes sobre o surgimento da vida na Terra e a evolução do Universo.

Satélite Gaia

Conhecido como “cartógrafo da galáxia”, o satélite Gaia, da Agência Espacial Europeia, foi lançado no dia 19 de dezembro do ano passado, a bordo de um foguete russo Soyuz. Em uma missão que deve durar cinco anos, seu principal objetivo é fazer o mais preciso mapa tridimensional da Via Láctea, permitindo que os astrônomos determinem a origem e a evolução de nossa galáxia. Gaia vai fazer observações de um bilhão de estrelas, registrando sua posição e movimentação, bem como  temperatura, luminosidade composição. "Será uma pesquisa muito importante, porque a gente não conhece muito bem a distância das estrelas, vamos poder ver com precisão toda a galáxia. Vai levar um tempo para coletar os dados, mas talvez até o fim do ano já seja feito algum anúncio importante relacionado a este satélite", afirma Gustavo Rojas.

Se quiser ver mais no link abaixo.

http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/satelite-nipo-americano-estudara-chuva-e-neve-no-mundo 

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