segunda-feira, 6 de janeiro de 2014 - 19h24
Atualizado em
segunda-feira, 6 de janeiro de 2014 - 19h24
Telescópio descobre fábrica de poeira em supernova
Registro poderá explicar como muitas galáxias adquirem a aparência embaçada
Alma registrou o que parece uma fábrica de poeira em volta da supernova
Divulgação/ESO
Novas observações obtidas pelo telescópio Alma (Atacama
Large Millimeter/submillimeter Array) mostram pela primeira vez os
restos de uma supernova recente a transbordar de poeira recentemente
formada. Se uma quantidade suficiente desta poeira conseguir percorrer o
difícil trajeto até o espaço interestelar, poderemos ter a explicação
de como muitas galáxias adquiriram uma aparência embaçada.
Pensa-se que as supernovas são a principal fonte dessa poeira, particularmente no Universo primordial. No entanto, evidências diretas da capacidade das supernovas em formar poeira têm sido difíceis de observar, não tendo sido possível até agora explicar a enorme quantidade de poeira detectada nas galáxias jovens distantes. Observações obtidas com o Alma começam, no entanto, a mudar este facto.
“Descobrimos uma quantidade notável de poeira concentrada na região central do material ejetado por uma supernova relativamente jovem e próxima“, disse Remy Indebetouw, astrônomo no NRAO (Observatório Nacional de Rádio Astronomia) e da Universidade de Virgínia, ambos em Charlottesville, EUA. “Esta é a primeira vez que conseguimos efetivamente obter uma imagem do local onde a poeira se forma, o que é um passo importante na compreensão da evolução das galáxias.”
Os astrónomos previram que, à medida que o gás arrefece depois da explosão, enormes quantidades de poeira se formam sob a forma de átomos de oxigénio, carbono e silício, ligados entre si nas regiões centrais frias do resto de supernova. No entanto, observações anteriores da SN 1987A obtidas com telescópios infravermelhos durante os primeiros 500 dias depois da explosão, revelaram apenas uma pequena quantidade de poeira quente.
“A SN 1987A é um lugar especial porque, uma vez que não se misturou com o meio circundante, o que lá se encontra é efetivamente o que se formou no local,” disse Indebetouw. “Os novos resultados Alma, que são os primeiros deste tipo, revelam um resto de supernova a transbordar de material que simplesmente não existia há algumas décadas atrás.”
Da Redação
noticias@band.com.br
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Pensa-se que as supernovas são a principal fonte dessa poeira, particularmente no Universo primordial. No entanto, evidências diretas da capacidade das supernovas em formar poeira têm sido difíceis de observar, não tendo sido possível até agora explicar a enorme quantidade de poeira detectada nas galáxias jovens distantes. Observações obtidas com o Alma começam, no entanto, a mudar este facto.
“Descobrimos uma quantidade notável de poeira concentrada na região central do material ejetado por uma supernova relativamente jovem e próxima“, disse Remy Indebetouw, astrônomo no NRAO (Observatório Nacional de Rádio Astronomia) e da Universidade de Virgínia, ambos em Charlottesville, EUA. “Esta é a primeira vez que conseguimos efetivamente obter uma imagem do local onde a poeira se forma, o que é um passo importante na compreensão da evolução das galáxias.”
Os astrónomos previram que, à medida que o gás arrefece depois da explosão, enormes quantidades de poeira se formam sob a forma de átomos de oxigénio, carbono e silício, ligados entre si nas regiões centrais frias do resto de supernova. No entanto, observações anteriores da SN 1987A obtidas com telescópios infravermelhos durante os primeiros 500 dias depois da explosão, revelaram apenas uma pequena quantidade de poeira quente.
“A SN 1987A é um lugar especial porque, uma vez que não se misturou com o meio circundante, o que lá se encontra é efetivamente o que se formou no local,” disse Indebetouw. “Os novos resultados Alma, que são os primeiros deste tipo, revelam um resto de supernova a transbordar de material que simplesmente não existia há algumas décadas atrás.”
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