Subject: FW: DILMÊS CASTIÇO em BRUXELAS, BÉLGICA ...
Date: Fri, 14 Mar 2014 14:24:21 +0100
Mais um honoriscausaprópria a representar o pais.
Posted: 26 Feb 2014

Hoje o Estadão publica um editorial intitulado "Ela fala pelo Brasil".
Fala de Dilma. Da fala de Dilma. Ou melhor seria dizer da não fala de
Dilma. Um dos principais jornais do Brasil, finalmente, aborda um tema
até então restrito aos blogs e às redes sociais: a impressionante
limitação da Presidente da República não só com o idioma, mas
especialmente a sua incapacidade de concatenar ideias. Leiam com
vergonha alheia:
Até
mesmo o lusófono presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão
Barroso, deve ter tido sérias dificuldades para entender os dois
discursos da presidente Dilma Rousseff proferidos em Bruxelas a
propósito da cúpula União Europeia (UE)-Brasil. Não porque contivessem
algum pensamento profundo ou recorressem a termos técnicos, mas, sim,
porque estavam repletos de frases inacabadas, períodos incompreensíveis e
ideias sem sentido.
Ao
falar de improviso para plateias qualificadas, compostas por dirigentes
e empresários europeus e brasileiros, Dilma mostrou mais uma vez todo o
seu despreparo. Fosse ela uma funcionária de escalão inferior, teria
levado um pito de sua chefia por expor o País ao ridículo, mas o estrago
seria pequeno; como ela é a presidente, no entanto, o constrangimento é
institucional, pois Dilma é a representante de todos os brasileiros - e
não apenas daqueles que a bajulam e temem adverti-la sobre sua
limitadíssima oratória.
Logo
na abertura do discurso na sede do Conselho da União Europeia, Dilma
disse que o Brasil tem interesse na pronta recuperação da economia
europeia, "haja vista a diversidade e a densidade dos laços comerciais e
de investimentos que existem entre os dois países" - reduzindo a UE à categoria de "país".
Em seguida, para defender a Zona Franca de Manaus, contestada pela UE, Dilma caprichou: "A
Zona Franca de Manaus, ela está numa região, ela é o centro dela (da
Floresta Amazônica) porque é a capital da Amazônia (...). Portanto, ela
tem um objetivo, ela evita o desmatamento, que é altamente lucrativo -
derrubar árvores plantadas pela natureza é altamente lucrativo (...)".Assim,
graças a Dilma, os europeus ficaram sabendo que Manaus é a capital da
Amazônia, que a Zona Franca está lá para impedir o desmatamento e que as
árvores são "plantadas pela natureza".
Dilma continuou a falar da Amazônia e a cometer desatinos gramaticais e atentados à lógica. "Eu
quero destacar que, além de ser a maior floresta tropical do mundo, a
Floresta Amazônica, mas, além disso, ali tem o maior volume de água doce
do planeta, e também é uma região extremamente atrativa do ponto de
vista mineral. Por isso, preservá-la implica, necessariamente, isso que o
governo brasileiro gasta ali. O governo brasileiro gasta um recurso
bastante significativo ali, seja porque olhamos a importância do que
tiramos na Rio+20 de que era possível crescer, incluir, conservar e
proteger." É possível imaginar, diante de tal
amontoado de palavras desconexas, a aflição dos profissionais
responsáveis pela tradução simultânea.
Ao falar da importância da relação do Brasil com a UE, Dilma disse que "nós vemos como estratégica essa relação, até por isso fizemos a parceria estratégica". Em
entrevista coletiva no mesmo evento, a presidente declarou que queria
abordar os impasses para um acordo do Mercosul com a UE "de uma forma
mais filosófica" - e, numa frase que faria Kant chorar, disse: "Eu tenho
certeza que nós começamos desde 2000 a buscar essa possibilidade de
apresentarmos as propostas e fazermos um acordo comercial".
Depois,
em discurso a empresários, Dilma divagou, como se grande pensadora
fosse, misturando Monet e Montesquieu - isto é, alhos e bugalhos. "Os
homens não são virtuosos, ou seja, nós não podemos exigir da humanidade
a virtude, porque ela não é virtuosa, mas alguns homens e algumas
mulheres são, e por isso que as instituições têm que ser virtuosas. Se
os homens e as mulheres são falhos, as instituições, nós temos que
construí-las da melhor maneira possível, transformando... aliás isso é
de um outro europeu, Montesquieu. É de um outro europeu muito
importante, junto com Monet."
Há
muito mais - tanto, que este espaço não comporta. Movida pela
arrogância dos que acreditam ter mais a ensinar do que a aprender, Dilma
foi a Bruxelas disposta a dar as lições de moral típicas de seu
padrinho, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Acreditando ser uma
estadista congênita, a presidente julgou desnecessário preparar-se
melhor para representar de fato os interesses do Brasil e falou como se
estivesse diante de estudantes primários - um vexame para o País.
Nenhum comentário:
Postar um comentário