Após incidente, Vale manterá plano de operar com supernavios
07 de dezembro de 2011 • 16h00 • atualizado 16h42
O navio Vale Beijing, em sua primeira viagem, apresentou rachaduras nos dois lados do casco
Foto: Reuters
Foto: Reuters
A Vale, maior produtora de minério de ferro do
mundo, não pretende abandonar seus planos de operar com super cargueiros
de 400 mil t após o incidente com o navio Vale Beijing, que apresentou
rachaduras no casco durante carregamento no Maranhão. "Construímos os
navios para sermos mais eficientes, mais competitivos, e para operar de
maneira mais sustentável", afirmou nesta quarta-feira a jornalistas em
Londres o diretor executivo de Minério de Ferro e Estratégia, José
Carlos Martins. "Não vamos parar com os navios de 400 mil t",
acrescentou.O navio Vale Beijing, em sua primeira
viagem após ser entregue pelo estaleiro sul-coreano STX Pan Ocean,
apresentou rachaduras nos dois lados do casco. A mineradora informou que
ainda busca entender o que ocorreu no Maranhão.A
embarcação iria carregar aproximadamente 380 mil t de minério de ferro,
mas a operação foi interrompida quando haviam sido colocados no navio
cerca de 260 mil t. O Vale Beijing foi removido para outro local no
porto de Ponta da Madeira, em São Luís, para avaliação e eventual
reparo.Martins disse ser cedo para avaliar se
poderá haver uma revisão nos contratos com os construtores da frota de
super cargueiros, mas que no momento não há intenção de realizar
qualquer mudança. "Temos um acordo com os estaleiros e eles têm prazos
para entregar os navios. Se as embarcações passarem nas inspeções, irão
navegar. Não vamos mudar, vamos manter o plano", disse.Portos chineses
Martins também comentou o problema do acesso dos super cargueiros aos portos da China, país que é o maior importador mundial de minério de ferro e o principal cliente da mineradora brasileira.
Martins foi questionado se estaria ocorrendo uma proibição por parte das autoridades chinesas da entrada dos navios nos portos do país, atendendo a pressões de armadores na China que reclamam de prejuízos para seus negócios com a entrada em operação dos super cargueiros da Vale. "É difícil especular o que está acontecendo", afirmou. "O maior problema é o excesso de capacidade que foi construído (no mercado de navios). Não somos quem construiu esse excesso de capacidade. Só queremos navios mais competitivos".Martins afirmou que a companhia está conversando com autoridades chinesas sobre o que está emperrando a entrada dos super cargueiros no país. Mas afirmou que vai levar tempo até que essas embarcações possam atracar em portos chineses e que a companhia está avaliando alternativas para operar com a frota de supernavios.Há um porto em construção na Malásia que poderia receber toda a frota da Vale, disse Martins, indicando que seria a forma de utilizar os grandes cargueiros para o fim planejado, o de reduzir custos no transporte de minério para a Ásia. Da Malásia, a empresa poderia utilizar outras embarcações para levar o minério aos países da região.
Martins também comentou o problema do acesso dos super cargueiros aos portos da China, país que é o maior importador mundial de minério de ferro e o principal cliente da mineradora brasileira.
Martins foi questionado se estaria ocorrendo uma proibição por parte das autoridades chinesas da entrada dos navios nos portos do país, atendendo a pressões de armadores na China que reclamam de prejuízos para seus negócios com a entrada em operação dos super cargueiros da Vale. "É difícil especular o que está acontecendo", afirmou. "O maior problema é o excesso de capacidade que foi construído (no mercado de navios). Não somos quem construiu esse excesso de capacidade. Só queremos navios mais competitivos".Martins afirmou que a companhia está conversando com autoridades chinesas sobre o que está emperrando a entrada dos super cargueiros no país. Mas afirmou que vai levar tempo até que essas embarcações possam atracar em portos chineses e que a companhia está avaliando alternativas para operar com a frota de supernavios.Há um porto em construção na Malásia que poderia receber toda a frota da Vale, disse Martins, indicando que seria a forma de utilizar os grandes cargueiros para o fim planejado, o de reduzir custos no transporte de minério para a Ásia. Da Malásia, a empresa poderia utilizar outras embarcações para levar o minério aos países da região.
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